O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou um estudo inédito sobre a suscetibilidade de deslizamento de terra no território brasileiro. De acordo com o documento, divulgado nesta sexta-feira (29), o Espírito Santo tem 44,9% de seu território na categoria de máximo risco, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que tem 53,9%.
Somando as áreas de risco máximo (44,9%) com as áreas em alto risco (19,6%), temos um total de 64,5% do território capixaba sendo classificado como arriscado. No Estado, as áreas mais críticas estão localizadas no centro-sul do território do ES. Na imagem do mapa abaixo é possível identificar as regiões com maior potencial de deslizamentos. Elas estão identificadas pela cor vermelha.
Para chegar a esse resultado o estudo leva em consideração seis aspectos do território: geologia, geomorfologia, pedologia, cobertura e uso da terra e vegetação, declividade e pluviosidade.
"Após analisar os mapas de cada um deles e determinar critérios de importância, chegou-se a um mapa final que demonstra a suscetibilidade de deslizamentos de todo o país, a partir de cinco intervalos de classificação: muito baixa, baixa, média, alta e muito alta suscetibilidade", explicou o IBGE.
O intuito desses dados é estimular o debate sobre o tema e a realização de outras pesquisas nesse sentido. "Espera-se que esta obra fomente outras pesquisas para que, em um horizonte de médio a longo prazo, possa haver diminuição do impacto dos deslizamentos nas populações mais sensíveis", declarou João Bosco de Azevedo, diretor de Geociências do IBGE, em trecho do estudo.
Entre todo o território brasileiro, as regiões Sul e Sudeste são as que reúnem a maior parte das áreas com alto e muito alto risco. Sendo do Sudeste 24,6% em alto risco e 23,2% em muito alto risco. De acordo com a explicação do IBGE, o motivo por trás disso é o clima da região somado ao fato de essas regiões serem compostas por muitas elevações e "terrenos geológicos de grande mobilidade e fragilidade crustal".
Outro fator apontado pelo estudo para justificar a concentração do risco nessas regiões foi o fator da ocupação e o uso de terra de forma desordenada, o que agrava os impactos dos deslizamentos.
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