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ES estuda medidas de isolamento caso quarentena dure até junho

ES estuda medidas de isolamento caso quarentena dure até junho

Ministro da Saúde declarou que espera o pico da doença para maio e junho. Governo do ES estuda a possibilidade de retomar comércio com restrições ou revezamentos

Publicado em 13 de abril de 2020 às 21:53

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Data: 17/03/2020 - ES - Vitória - Movimentação de pessoas no Supermercado Perim, Mata da Praia - Editoria: Cidades - Foto: Ricardo Medeiros - GZ
Determinação de funcionamento somente de setores essenciais pode continuar por mais alguns meses, e com mais regras de distanciamento. (Ricardo Medeiros)

As medidas de distanciamento social para o combate ao coronavírus a longo prazo, no Espírito Santo, já começaram a ser avaliadas pelo governo. Isso porque se a necessidade de isolamento ainda durar mais alguns meses, será necessário definir formas para a abertura do comércio e o funcionamento de atividades econômicas. Por enquanto, a definição mais recente do governo foi a de manter o comércio fechado até o dia 19 de abril.

O governador Renato Casagrande (PSB) explicou que está em uma semana de debates com as entidades empresariais, especialmente com o comércio, e também trabalhadores e Ministério Público, para ver se há algum mecanismo que permita voltar algumas atividades que estão fechadas.

"A quarentena pode se executada de duas maneiras. Podemos ir medindo, para ver se a gente pode fazer revezamento de atividades econômicas, mantendo o isolamento, a pouca presença das pessoas na rua, só funcionando o essencial. Também é possível tomar alguma medida que permita a gente retomar alguma atividade econômica, mantendo o distanciamento social, o isolamento de grupos de risco e a não aglomeração no transporte público. É um debate que estamos fazendo agora".

Neste domingo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou, em entrevista para o Fantástico, que espera o pico da doença para maio e junho. Casagrande ressaltou que até mesmo esse prazo ainda não é uma certeza.

"O ministro falou de ficar grave até junho, mas pode ser que passe disso, não sabemos efetivamente quanto tempo. Não temos o remédio, a vacina, se a gente não tiver um tratamento. É preciso começar a pensar em um processo de convivência em que a proteção à vida seja prioridade. Se tiver jeito de achar um caminho de atividade econômica mínimo que seja, mantendo menor interação e a proteção às pessoas, podemos fazer isso", declarou o governador.

Nesta terça-feira (14), haverá uma reunião do governo com o setor supermercadista. O governador critica que alguns estabelecimentos tomaram providências, e outros não. "Os donos de estabelecimentos também tem que entrar firme nisso. Para proteger seus servidores e quem vai fazer compras. Alguns seguem os protocolos, e outros não. Temos visto lojas lotadas, com fila. Todos tem que assumir sua co-responsabilidade".

O QUE DISSE O MINISTRO

Em entrevista ao Fantástico, neste domingo (12), o ministro de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou que o período mais preocupante da crise da Covid-19 será em maio e junho. "No mês de maio, junho, teremos os dias muito duros. Dias em que seremos tachados. 'Ah, vocês não fizeram o que tinham de fazer', 'deviam ser mais duros', ou 'menos duros, porque a economia está assim'. Sempre vai haver os engenheiros de obra pronta. Serão dois, três meses de muitos questionamentos das práticas."

Indagado sobre uma projeção de infectados no País ao longo deste ano, Mandetta disse que não existe "absolutamente nada que influencie mais essa resposta do que como a sociedade brasileira vai se comportar nos próximos dias".

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