Um levantamento elaborado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que foram gastos R$ 353.62 milhões com acidentes em 2018 no Espírito Santo. Os gastos envolvem acidentes com mortes, além de colisões com e sem vítimas. Já em 2017 foram gastos R$ 348.84 milhões. Estes valores envolvem gastos gerais como o pagamento da previdência social as vítimas, além dos custos com ambulância, hospital e também reparos das vias em caso de necessidade.
O levantamento Painel CNT de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários, foi divulgado nesta quinta-feira (19) e constatou que, só em 2018, pelo menos 14 pessoas morreram por dia nas rodovias federais do Brasil. Nos últimos 12 anos - período pesquisado pela CNT - o Painel já registrou 88.749 mortes.
A pesquisa também constatou que o número de acidentes foi um pouco menor em 2018, quando foram registrados 2.641 colisões nas rodovias federais que cortam o Espírito Santo, contra 2.977 em 2017. A BR-101, foi a campeã de registros, onde foram contabilizados um total de 1.668 acidentes com vítimas.
Diferente do que se imagina a moto não é o veículo que mais se envolveu em acidentes nas estradas. O levantamento aponta que, nas rodovias federais do Espírito Santo, o automóvel foi o tipo de veículo mais envolvido em acidentes com vítimas em 2018 (58,1% do total), seguido das motos (55,4%) e dos caminhões (21,0%).
ATITUDES
O diretor executivo da CNT, Bruno Batista detalhou em entrevista à Rádio CBN nesta quinta-feira (19) os dados da pesquisa. Segundo ele, para reduzir os números de acidentes em todo país é necessário pensar em três grandes ações, melhorar a infraestrutura das rodovias, conscientizar sobre as condições de segurança dos veículos e melhorar a formação dos condutores.
Muitos acidentes são causados por problemas da via, como falhas na sinalização e nos cálculos da geometria viária. Batista destaca que de maneira geral, as rodovias atendidas por concessão no Brasil têm melhores condições viárias do que as públicas. Sendo assim, o painel serve como panorama técnico para verificar a eficácia das concessões no país.
No âmbito da segurança dos veículos, um problema levantado é a frequência de automóveis não vistoriados ou com mecânica defasada, que se tornam inseguros para os condutores e passageiros e oferecem riscos nas vias.
O terceiro ponto destacado por Batista é, segundo ele, o de maior risco, que é o fator humano: a má formação dos condutores. Em geral, não se exige nas autoescolas que os alunos aprendam a trafegar nas rodovias, nem que conduzam um veículo no período da noite, o que deixa a aprendizagem defasada.
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