O Espírito Santo poderá ter 4 mil casos confirmados de novo coronavírus (Covid-19) num intervalo de 60 a 90 dias, conforme projeções da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) se a doença avançar em território capixaba da mesma maneira que na cidade Wuhan, o epicentro da infecção na China. Desse total, 15% dos pacientes seriam graves, entre os quais 3% - 120 pessoas - poderiam se tornar críticos e evoluir para a morte.
A estimativa foi apontada pelo secretário Nésio Fernandes, embora ele ressalte que, até o momento, o comportamento do Covid-19 no Brasil não tenha reproduzido alta gravidade e letalidade como na comunidade chinesa. No país, observa o secretário, dos mais de 100 casos confirmados, apenas é um grave.
De toda maneira, Nésio Fernandes reconhece a necessidade de o poder público preparar a rede assistencial para a hora em que o vírus passar a circular livremente, com transmissão comunitária, quando não é mais possível identificar a pessoa que iniciou a contaminação. E esse momento está próximo de acontecer no Estado e no país.
"Mas não há necessidade da população se alarmar, nem entrar em pânico. Em 85% dos casos, os pacientes não desenvolvem complicações. O quadro gripal do coronavírus é tosse seca, secreção nasal e mal-estar no corpo, inclusive muitas vezes de menor intensidade do que outras gripes. Precisamos tranquilizar a população: se há febre, tosse, não quer dizer que no dia seguinte vai morrer. E, para quem apresentar uma falta de ar importante, uma síndrome respiratória grave, teremos leitos para atender", assegura Nésio Fernandes.
O governo do Estado vai reservar 120 leitos de UTI e de isolamento justamente para assistir os pacientes que forem considerados mais graves.
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