Educação para o trânsito. Os especialistas ouvidos pela reportagem concordam que só assim será possível mudar a trágica realidade das ruas e estradas brasileiras.
Para o engenheiro de trânsito Paulo Lindoso, primeiramente, é preciso treinar bem os futuros motoristas. A etapa fundamental para melhorar o índice de mortalidade é melhorar a formação de condutores, afirma.
Lindoso avalia que, atualmente, as aulas fornecidas pelos Centros de Formação de Condutores, apesar de cumprirem determinação federal, são insuficientes em matérias importantes. São 45 horas/aula no total e apenas quatro delas são destinadas à cidadania no trânsito. Acredito que deveria ser muito mais. O motorista tem que aprender a ser cidadão, respeitar a normas, respeitar os outros, saber que o espaço público é de todos, diz.
Crianças
O engenheiro reforça ainda que é necessário ensinar esses valores desde criança e de forma continuada. Teria que ser algo contínuo, e não apenas uma palestra no ano para alguns grupos, diz.
O especialista em logística e transportes, Manoel Rodrigues, concorda que a educação no trânsito deve ser feita sempre. As campanhas de conscientização também devem ocorrer de forma progressiva, e até mesmo as crianças devem aprender as noções básicas de segurança no trânsito. Assim, elas poderão atuar como multiplicadoras desse conhecimento, compartilhando essas informações com seus responsáveis
Rodrigues aponta que a distração, o excesso de velocidade e a embriaguez são as principais causas de mortes no trânsito. É necessário reforçar o grande risco do uso do celular no volante ou pelo próprio pedestre enquanto atravessa a rua. Essa distração pode levar a consequências terríveis, como vemos todos os dias.
Rodrigues reforça, então, que deve haver fiscalização mais intensa nas vias e nas estradas.
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