As medidas que vem sendo tomadas pelo governo do Espírito Santo para combater a propagação do novo coronavírus no Estado são comparadas por Renato Casagrande a uma "preparação para guerra". Segundo o governador, o momento pede um número maior de restrições e decisões mais duras.
Na tarde desta segunda-feira (23), durante coletiva de imprensa, Casagrande anunciou novas ações do governo para achatar a curva de infecção do vírus no território capixaba. O Estado possui 33 casos confirmados da doença Covid-19, de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde (Sesa).
Entre as ações anunciadas para reforçar o combate ao coronavírus está a fiscalização de pessoas que passam pelo aeroporto e rodoviárias do Estado. Os municípios serão responsáveis por orientar a população a só realizar viagens em casos de extrema necessidade ou saúde.
"Fiz uma orientação aos prefeitos para que a vigilância sanitária aborde quem está chegando e saindo dos municípios, que vá para as rodoviárias e oriente as pessoas a não ficar indo de um município para outro. Na rodoviária e aeroporto de Vitória, estamos preparando, em parceria com a prefeitura, uma barreira sanitária para fazer uma abordagem por amostragem às pessoas e verificar se estão com algum sintoma do vírus. Devemos iniciar este trabalho nos próximos dias", detalhou.
Com a proximidade do período de colheita do café no Estado, e consequente contratação de mão-de-obra, medidas para evitar a disseminação do vírus também serão tomadas. O governo já orientou os municípios a realizarem barreiras sanitárias. A medida visa evitar que pessoas de fora do Estado tragam o vírus para o Espírito Santo.
O governador também reforçou o pedido para que os comércios não essenciais fiquem fechados. Ele garantiu que a ação da polícia será usada para quem insistir em descumprir o decreto e que o comerciante pode também perder o alvará.
"As medidas punitivas são cassar o funcionamento da empresa e multa. O município pode cassar alvará, adotar diversas medidas, mas nós estamos pedindo a polícia para que de fato exija o cumprimento das medidas que estamos tomando, porque as pessoas precisam compreender. Quem não compreende pelo bem...a maioria compreende pelo bem, mas infelizmente ainda tem algumas que não acreditam no perigo que é o coronavírus", finalizou.
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