Familiares do engenheiro Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37 anos, intoxicado após ingerir uma cerveja da Backer contaminada com dietilenoglicol, se mudaram temporariamente para Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde o capixaba está internado. Contudo, os custos que a família está tendo para acompanhar de perto o quadro do Felippe estão saindo do próprio bolso.
Ao contrário do que alega a Backer, a família do capixaba diz que não está recebendo nenhum auxílio da cervejaria. Em entrevista ao Jornal Nacional, a esposa de Luiz Felippe, Camila Demartini, cobrou assistência.
Luiz Felippe está internado desde o dia 30 de dezembro em um hospital particular da capital mineira. Ele foi hospitalizado ao passar mal após ingerir a cerveja Belorizontina com o sogro, que morreu uma semana após os primeiros sintomas.
A família do capixaba mora em Marataízes, mas desde que soube do estado de saúde de Felippe, que é grave, se mudou temporariamente para Belo Horizonte. De acordo com o amigo da família, Edilson Júnior, até o momento a Backer não entrou em contato com nenhum deles.
Mesmo após a família de Luiz Felippe dizer que não está recebendo assistência da Backer, a cervejaria alegou que estruturou uma equipe para prestar atendimento aos atingidos pela intoxicação por dietilenoglicol. Por meio de nota, a fábrica informou que está visitando pessoas hospitalizadas e familiares. Confira a nota:
Conforme anunciado na semana passada, a Backer estruturou uma equipe multidisciplinar para prestar atendimento aos atingidos pela intoxicação por dietilenoglicol e desde então tem atuado para acolher todas elas. Inclusive, as pessoas hospitalizadas e seus familiares estão sendo visitados pessoalmente por representantes da cervejaria. Até o momento, três famílias que já entraram em contato já foram visitadas. Para que tenhamos acesso a essas pessoas e possamos ajudá-las, é muito importante que entrem em contato por meio dos canais divulgados
Já no início de 2020, a existência de uma doença misteriosa, que causava problemas renais e neurológicos, em Minas Gerais, começava a ser investigada em Minas Gerais. Oito pessoas haviam sido internadas com os mesmos sintomas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O caso evoluiu, e com ele a descoberta de que a doença misteriosa, na verdade, era uma intoxicação causada pela substância dietilenoglicol, usada no processo de resfriamento na fabricação de cerveja.
Após análises da Polícia Civil, o composto, que é tóxico, foi encontrado em amostras da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer. Posteriormente, a presença da substância também foi confirmada no rótulo Capixaba, da mesma cervejaria e produzida no mesmo tanque e em outros 9 rótulos. 32 lotes contaminados já foram identificados pelo Ministério da Agricultura. Veja quais são:
Até quarta-feira (22), 22 casos estavam sendo investigados pela Secretaria de Saúde por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol. Destes, quatro evoluíram para morte. Para saber mais sobre o caso, clique aqui.
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