A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu a fabricação de álcool em gel pelas farmácias de manipulação, especialmente o 70%, que é o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a higienização no combate ao coronavírus. O problema, porém, é a alta procura por parte da população, já que os estoques de supermercados e farmácias comuns acabaram.
Assim, as farmácias de manipulação de Vitória têm adotado medidas para viabilizar tanto a produção, quando a oferta do produto de para o maior número de pessoas possível. A ação mais adotada pelos farmacêuticos é restringir a quantidade vendida por pessoa.
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Cynara Lopes, gerente da Farmaderm, rede que possui cinco unidades apenas em Vitória, explicou que a procura tem sido tão grande, que já existe uma lista de espera de 96 pessoas para adquirir o álcool em gel manipulado pela farmácia. Ela contou que vende o produto em uma embalagem de 500 gramas a R$ 38.
A gerente explicou que para produzir o produto o galão do álcool bruto deve ser misturado com o polímero que cria a textura de gel e precisa de algumas horas de descanso. Por isso, o estoque demora a ser renovado, enquanto cresce a procura. A restrição é de 2 potes vendidos por consumidor. A demanda aumentou em 1000%, acho. Todos os clientes que entram aqui procuram o álcool em gel, disse Cynara.
A diretora da CarpeDiem, Jaqueline Stöckl, disse que, apenas nesta quarta-feira (18), vendeu as 100 unidades que possuía em estoque. São produzidos potes de álcool em gel de 55 ml, 125 ml e 175 ml, mas é permitida a venda de apenas 210 ml por CPF.
A farmacêutica contou que produziu, nesta semana, 80 quilogramas de álcool em gel. Ela afirmou que, em escala industrial, essa quantidade é pequena, mas, pensando no âmbito de uma farmácia de manipulação, é bastante representativa.
Nosso maquinário é de pequena quantidade. Existem cerca de 13 mil farmácias de manipulação no Brasil. O que a Anvisa almeja, com essa liberação, é atender de fato as necessidades da população, afirmou. Jaqueline ainda ressaltou que não há interesse na produção de álcool em gel, por ser um produto barato e que não está na linha de produção, mas que há uma responsabilidade cidadã das farmácias.
Ragna Vasconcelos, da farmácia Alquimia, afirmou que barateou o preço do álcool em gel para que fosse possível atender a demanda da população. Ela informou que o preço normal, considerando a produção e o valor dos componentes, seria R$ 120 por quilograma, mas está vendendo a R$ 65.
A diretora da farmácia ainda explicou que o que está em falta é o polímero para a fabricação do álcool em gel, mas que há a expectativa da liberação da venda do produto líquido. Ela disse também que não restringe a venda de volume do produto por pessoa.
Na Pharmic, a vendedora Barbarah Miranda disse que a procura por álcool em gel começou nesta semana, e que, antes, nenhum cliente ia à farmácia para comprar o produto. O estoque, portanto, acabou, mas há a expectativa de reposição para semana que vem. Os frascos eram vendidos nos tamanhos de 60 gramas, 200 gramas e 250 gramas, com apenas duas unidades permitidas por pessoa.
Já a Biofarm informou que não conseguiu comprar o polímero necessário para a produção do álcool em gel, por conta do preço elevado. Além disso, a farmácia não possui estrutura para a manipulação do produto.
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