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Farmácias de manipulação no ES limitam compra de álcool em gel

Farmácias de manipulação no ES limitam compra de álcool em gel

Após Anvisa liberar produção do álcool em gel 70%, procura aumentou nas farmácias manipuladas; as medidas foram tomadas para impedir o rápido esgotamento dos estoques

Publicado em 18 de março de 2020 às 19:31

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Farmácias de manipulação restringem venda de álcool em gel por cliente por clientes no ES. (Freepik)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu a fabricação de álcool em gel pelas farmácias de manipulação, especialmente o 70%, que é o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a higienização no combate ao coronavírus. O problema, porém, é a alta procura por parte da população, já que os estoques de supermercados e farmácias comuns acabaram.

Assim, as farmácias de manipulação de Vitória têm adotado medidas para viabilizar tanto a produção, quando a oferta do produto de para o maior número de pessoas possível. A ação mais adotada pelos farmacêuticos é restringir a quantidade vendida por pessoa.

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Cynara Lopes, gerente da Farmaderm, rede que possui cinco unidades apenas em Vitória, explicou que a procura tem sido tão grande, que já existe uma lista de espera de 96 pessoas para adquirir o álcool em gel manipulado pela farmácia. Ela contou que vende o produto em uma embalagem de 500 gramas a R$ 38.

Produto é vendido em potes de 500 gramas e apenas dois por cliente na Farmaderm. (Daniel Pasti)

A gerente explicou que para produzir o produto o galão do álcool bruto deve ser misturado com o polímero que cria a textura de gel e precisa de algumas horas de descanso. Por isso, o estoque demora a ser renovado, enquanto cresce a procura. A restrição é de 2 potes vendidos por consumidor. “A demanda aumentou em 1000%, acho. Todos os clientes que entram aqui procuram o álcool em gel”, disse Cynara.

A diretora da CarpeDiem, Jaqueline Stöckl, disse que, apenas nesta quarta-feira (18), vendeu as 100 unidades que possuía em estoque. São produzidos potes de álcool em gel de 55 ml, 125 ml e 175 ml, mas é permitida a venda de apenas 210 ml por CPF.

A farmacêutica contou que produziu, nesta semana, 80 quilogramas de álcool em gel. Ela afirmou que, em escala industrial, essa quantidade é pequena, mas, pensando no âmbito de uma farmácia de manipulação, é bastante representativa.

“Nosso maquinário é de pequena quantidade. Existem cerca de 13 mil farmácias de manipulação no Brasil. O que a Anvisa almeja, com essa liberação, é atender de fato as necessidades da população”, afirmou. Jaqueline ainda ressaltou que não há interesse na produção de álcool em gel, por ser um produto barato e que não está na linha de produção, mas que há uma responsabilidade cidadã das farmácias.

Diretora da CarpeDiem, Jaqueline Stöckl contou que produziu 80 quilogramas de álcool em gel nesta semana. (Daniel Pasti)

Ragna Vasconcelos, da farmácia Alquimia, afirmou que barateou o preço do álcool em gel para que fosse possível atender a demanda da população. Ela informou que o preço normal, considerando a produção e o valor dos componentes, seria R$ 120 por quilograma, mas está vendendo a R$ 65.

A diretora da farmácia ainda explicou que o que está em falta é o polímero para a fabricação do álcool em gel, mas que há a expectativa da liberação da venda do produto líquido. Ela disse também que não restringe a venda de volume do produto por pessoa.

Na Pharmic, a vendedora Barbarah Miranda disse que a procura por álcool em gel começou nesta semana, e que, antes, nenhum cliente ia à farmácia para comprar o produto. O estoque, portanto, acabou, mas há a expectativa de reposição para semana que vem. Os frascos eram vendidos nos tamanhos de 60 gramas, 200 gramas e 250 gramas, com apenas duas unidades permitidas por pessoa.

Já a Biofarm informou que não conseguiu comprar o polímero necessário para a produção do álcool em gel, por conta do preço elevado. Além disso, a farmácia não possui estrutura para a manipulação do produto.

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Aviso na porta da Pharmic informa sobre a falta do produto. (Daniel Pasti)

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