Depois que 13 mulheres relataram ao jornal O Globo e ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, terem sido abusadas sexualmente pelo médium João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, a Federação Espírita do Espírito Santo divulgou nota nesta segunda-feira (10), em que afirma reprovar "a realização de atividades, particularmente as mediúnicas, isoladas ou de caráter individual".
João de Deus mantém a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no interior de Goiás e desde junho de 2018 já era investigado pelo Ministério Público de Goiás. Mulheres que relataram os abusos ao jornal O Globo, no entanto, afirmam que tinham medo de represálias e só fizeram as denúncias após saber que mais mulheres haviam passado pela situação.
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"Considerando as notícias recentes sobre denúncias contra conhecido médium brasileiro, a Federação Espírita do Estado do Espírito Santo esclarece, ao lado da Federação Espírita Brasileira em pronunciamento já publicado, que o Espiritismo, codificado por Allan Kardec, orienta a atenção material e espiritual aos que lhe buscam a assistência fundada na Ética Evangélica, que sentencia: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei." Conquanto respeite compreensão contrária, desaprova a realização de atividades, particularmente as mediúnicas, isoladas ou de caráter individual. Os que as realizam estão distantes da orientação espírita e não detêm qualquer vínculo com o Movimento Espírita Federativo", diz a nota da Federação Espírita do Espírito Santo.
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Os abusos teriam acontecido em Abaldiânia, onde o médium atendia. Não há informações sobre registros em outras cidades.
João de Deus é um dos médiuns mais famosos do País e realiza, desde 1976, atendimentos e "cirurgias espirituais" na casa Dom Inácio Loyola, na pequena cidade de Abadiânia, em Goiás a 115 quilômetros de Brasília. Políticos, celebridades e muitos estrangeiros se interessam pelo trabalho do médium.
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