Em meio aos cortes impostos pelo Ministério da Educação (MEC) às instituições federais de ensino, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) vai manter a oferta de bolsas que faz com recursos próprios na Ufes, e também vai tentar garantir parte das que são oferecidas em parceria pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Já as 1,1 mil do Programa Integrado de Bolsas (PIB) não têm relação com a Fapes e o pagamento continua suspenso.
No momento, a Fapes já está em processo de contratação de 250 bolsas de iniciação científica para alunos de graduação, em todas as áreas do conhecimento. O benefício é de R$ 400 mensais por estudante. Novo edital está programado para 2020.
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Já na pós-graduação estão previstas 100 bolsas de mestrado e 40 de doutorado dentro do Programa de Capacitação de Recursos Humanos na Pós-Graduação (Procap), e os editais devem ser lançados ainda neste ano. As bolsas são de R$ 1,5 mil e R$ 2,2 mil, respectivamente.
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O diretor-presidente da Fapes, Denio Rebello Arantes, destaca que uma das estratégias de desenvolvimento em qualquer área é a manutenção dos programas de iniciação científica e pesquisa.
Mas, embora reconheça o valor do segmento, Denio explica que a Fapes não tem condições de suprir todas as bolsas que hoje são ofertadas em parceria com o governo federal. Ele diz que, na atual modelagem, os benefícios são concedidos numa proporção em que, para cada R$ 1 investido pela Fapes, outros R$ 2 ou R$ 3 são de repasses federais.
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"Hoje estamos numa situação em que vamos colocar R$ 1 e eles, nada. É impossível assumir completamente as ações que seriam do governo federal, mas vamos fazer um esforço grande para manter a pesquisa", ressalta o presidente da Fapes. "Não vamos conseguir tampar todo o buraco, mas vamos tentar avançar no que for possível, até porque, no governo estadual, temos uma visão clara da importância da ciência, tecnologia e inovação", finaliza.
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