Todos os dias o Espírito Santo vê os casos confirmados do novo coronavírus crescerem. Apesar de, efetivamente, o Estado ainda não ter vivido o pico da contaminação da doença, a implantação dos hospitais de campanha é uma das saídas no combate à Covid-19, de acordo com afirmações do médico infectologista Lauro Ferreira Pinto em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta sexta-feira (17).
O especialista deu o exemplo do plano que a China, primeiro epicentro da doença, adotou assim que a situação começou a ficar alarmante. "Gosto da ideia do hospital de campanha. Na China, todos vimos que eles construíram hospitais rapidamente. Isso foi notícia. Construíram 18, sendo três fixos e 15 de campanha. Então não consigo pensar que o Espírito Santo está protegido disso (do hospital de campanha)", defendeu Lauro.
Segundo o médico, o Estado também precisa pensar em aumentar a quantidade de leitos com e sem respiradores, já que os pacientes que chegam a ser internados com o novo coronavírus têm precisado ficar sob observação ainda por um período após estabilizarem os sintomas da infecção.
"A pessoa sai do respirador e fica hospitalizada um tempo ainda. Essa doença as pessoas ficam, no mínimo, duas semanas no respirador. Imagina se chegar um paciente por dia... Tem que ter uma estrutura. Não temos leitos, precisamos de mais leitos", afirmou.
O infectologista também defendeu que as pessoas devem continuar em casa, sair quando for necessário e usar máscaras sempre que se submeterem a situações em que podem ser contaminadas. "Estamos longe de ter acelerado a curva. Estamos no período pré-pico", avaliou Lauro.
Questionado sobre possível relaxamento do isolamento, o médico disse que entende que serviços essenciais precisam funcionar, mas pensa que a sociedade não vai aderir de forma tão fácil ao retorno à rotina.
"Você acha que as pessoas vão sair com facilidade? Para comprar? Acho que tem muita coisa essencial que tem que funcionar, mas a situação não mudou. Ainda vamos subir a curva. As pessoas têm que manter distância, cautela e usar máscara", concluiu, frisando: "Se a situação não mudou, piorou, porque relaxar?".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta