Do terminal de Carapina, na Serra, até a rodoviária no Centro de Vitória: este é o trajeto que deve ser feito por um trem urbano na Região Metropolitana. Ainda em fase de estudos preliminares, a potencial implementação da nova modalidade de transporte foi divulgada na última segunda-feira (30), pelo Governo Estadual.
Secretário de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) do Espírito Santo, Fábio Damasceno detalhou a ideia do governo para o traçado da nova linha férrea. Essa ligação entre o novo terminal e a rodoviária deve passar pela avenida Leitão da Silva, pela avenida Vitória e chegar ao Centro da capital. Pegaria Vitória praticamente inteira.
O tipo de veículo que seria utilizado, porém, ainda depende das propostas que serão apresentadas pelas empresas. É possível que seja um VLT (veículo leve sobre trilhos), um monotrilho ou um aeromóvel. Vai depender de cada empresa. São vários os modelos possíveis. Nós só fizemos algumas exigências, como a baixa emissão de carbono, explicou Damasceno.
De acordo com as regras da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI), as empresas têm 30 dias para demonstrar vontade em realizar o estudo. Depois de autorizadas pelo Estado, elas deverão apresentar o resultado no prazo de 90 dias. O edital foi aberto após uma empresa levar a proposta ao Governo.
Essa indústria nos procurou, achamos interessante ter esse estudo e autorizamos ela a fazê-lo. Quando tomamos essa atitude, também tivemos que permitir que outras empresas tenham a chance de demonstrar interesse e apresentar o próprio levantamento. Devemos ter cerca de três a cinco interessadas, disse o secretário.
A empresa chinesa BYD Brasil, que propôs o estudo ao Governo do Espírito Santo, já trabalha na construção de um VLT aéreo na cidade de Salvador, na Bahia. A assinatura da Parceria Público-Privada (PPP) aconteceu em fevereiro do ano passado e prevê um investimento de R$ 1,5 bilhão.
Ao todo, o trem soteropolitano terá aproximadamente 20 km de extensão e deve ficar pronto, conforme estipulado em contrato, em um prazo de 24 meses. "Por lá a obra e o trem são de médio porte, maior do que o que podemos ter por aqui, que será de pequeno porte", avaliou Damasceno.
Sem qualquer tipo de estudo em mãos para avaliar a viabilidade da implementação do trem urbano, Damasceno afirmou ser impossível adiantar o valor que a nova modalidade de transporte custaria aos cofres públicos e quando o novo equipamento estaria disponível para uso da população. No entanto, a expectativa é lançar ainda nos próximos três anos.
Novas tecnologias são sempre bem-vindas, porque precisamos melhorar a mobilidade, mas ainda é preciso ver se o modelo é viável do ponto de vista da implantação e da manutenção. Nós esperamos que saia ainda neste governo, mas, por ora, ainda não podemos garantir ou prever como as coisas acontecerão, disse.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta