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Governo do ES não descarta uso de forças para cumprir decretos

Governo do ES não descarta uso de forças para cumprir decretos

Declaração foi dada pelo secretário de Governo, Tyago Hoffmann, que fez um apelo para que a população tenha consciência do perigo da Covid-19

Publicado em 21 de março de 2020 às 13:03

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Bar aberto na avenida Carlos Lindemberg, no bairro Cobilândia, em Vila Velha, neste sábado (21). (Elis Carvalho)

O secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffmann, informou que não descarta o uso de “forças progressivas” para que os decretos publicados durante a semana para conter o avanço do novo coronavírus sejam cumpridos. Isso inclui o fechamento de estabelecimentos como academias, shoppings e, por último, do comércio, conforme decreto extra publicado na noite desta sexta-feira (20) e já em vigor a partir deste sábado (21).

Segundo o secretário, as autoridades estão fazendo um forte trabalho de orientação a toda a população, para que respeitem as determinações já publicadas.  No entanto, disse que mesmo após as orientações, se pessoas seguirem desrespeitando os decretos estaduais e expondo os grupos em risco, o Estado poderá usar suas "forças progressivas" para fazer valer as determinações.

Aspas de citação

Esperamos e acreditamos que não será necessário o uso de nenhuma força para que as pessoas cumpram aquilo que está no decreto. Eventualmente, em algum momento pós-orientação, se isso for necessário, o Estado não poderá deixar de usar uma força progressiva para fazer com que o decreto seja cumprido

Tyago Hoffmann
Secretário de Estado de Governo
Aspas de citação

Hoffmann ressaltou que o pedido do governo, neste momento, é para que a população tenha consciência da importância do isolamento e de seguir as orientações para o combate à pandemia da Covid-19.

“O governo não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, a polícia, as forças do governo não podem estar ao mesmo tempo. Se não tivermos a consciência das pessoas, de um entendimento que cientificamente já está comprovada a forma de contágio, e que as pessoas precisam se afastar, ficando em quarentena, nós teremos dificuldade em combater a pandemia. Então, fazemos o pedido, um apelo, para que as pessoas tenham consciência da importância da quarentena, do isolamento ao máximo possível”, diz.

ORIENTAÇÃO

Apesar da grande maioria da população e dos comerciantes seguir as orientações e o decreto publicado pelo governo estadual, há registros de estabelecimentos abertos e desrespeitando as determinações. Para isso, o secretário afirma que equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros estão fazendo um trabalho de orientação, para que proprietários tenham ciência das determinações e respeitem o que foi imposto pelas autoridades.

“Nós já estamos com diversas viaturas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, e vamos intensificar neste fim de semana e no início da semana que vem, em caráter orientativo. Nossa ideia não é o uso de força nesse momento, e sim da conscientização. Estamos em contato também com o município para que ajude o Estado no sentido de circular pelas avenidas com carro de som e a pé para dar essa orientação do fechamento e obediência a esse decreto”, afirma.

FECHAMENTO DO COMÉRCIO

O governador Renato Casagrande (PSB) determinou o fechamento de comércios não essenciais em todo o Espírito Santo para evitar a propagação do novo coronavírus. A medida, que teve início neste sábado (21), tem validade de 15 dias.

Ficam permitidas apenas as aberturas de estabelecimentos considerados essenciais, que são farmácias, supermercados, padarias, alimentação e cuidados com animais, postos de combustível, lojas de conveniência e feiras livres. Já restaurantes e lanchonetes só poderão funcionar até as 16 horas. Fora desse horário, esses estabelecimentos poderão funcionar apenas com o serviço de delivery (entrega em casa).

A medida é mais uma das anunciadas pelo governo para evitar o contágio e propagação da Covid-19 no Estado. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, na sexta-feira eram 655 casos notificados. Destes, 153 foram descartados e 16 foram confirmados.

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