Com sintomas parecidos com o de uma gripe, o coronavírus tem deixado algumas pessoas com medo de ter contraído a doença e se perguntado se devem ou não procurar hospital. Especialistas explicam que é preciso ter cuidado, não confundir resfriado com gripe e evitar ir a unidades de saúde de forma desnecessária, o que pode, inclusive, aumentar o risco de se contagiar.
De acordo com a infectologista Rúbia Miossi, somente deve procurar atendimento ou mesmo solicitar o teste de Covid-19 aqueles que viajaram para o exterior nos últimos 14 dias ou que tiveram contato com alguém que teve um caso confirmado para o coronavírus.
"Se elas tiverem sintomas graves, como tosse, febre e falta de ar, elas precisam, sim, procurar atendimento. Agora, quem não tem sintoma nenhum não deve nem passar perto de unidades de saúde. Em vez de estar procurando ajuda, ele pode acabar com um problema a mais, além de atrapalhar pessoas que possam estar precisando de auxílio, sobrecarregando o sistema de saúde, afirma a médica.
A infectologista alerta também para que as pessoas não confundam resfriados caracterizados por secreção nasal, mal-estar leve e febre baixa com gripes, que apresentam febre alta, mal-estar generalizado e dor muscular por períodos maiores, de cinco a sete dias. Miossi desaconselha de que pessoas sem sintomas, mas que tenham dúvidas se contraíram o vírus, procurem postos só para fazer o teste da doença.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, as pessoas devem ir ao hospital quando sentirem os sintomas de maneira mais intensa, como cansaço, dificuldade de respirar e, em casos de idosos, confusão mental.
"Essas são características de pacientes graves. Em casos assim, as pessoas podem ligar para o Samu (192) ou ir com este paciente até um hospital de portas abertas. Vale o bom senso. Ninguém vai para o hospital por conta de coriza", lembra.
Para evitar o contágio por coronavírus, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas resfriadas não compareçam ao local de trabalho. Segundo Miossi, algumas empresas já estão deixando de exigir atestado médico, a fim de diminuir a carga sobre o sistema de saúde.
Se o funcionário comunicar que está com problemas respiratórios, as empresas estão liberando de apresentar o atestado, o que ajuda muito para não encher os pronto atendimentos em casos leves, que não necessitam de auxílio de profissionais da saúde, conta.
Para quem se resfriou, vale as recomendações de sempre. Tomar bastante água e se alimentar bem, fazer uso de medicamentos para controlar a dor e a febre e repousar.
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