A mãe da médica Milena Gottardi, Zilca Gottardi, chegou ao Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam) no dia do crime 14 de setembro acompanhada de Hilário Frasson, acusado de ser um dos mandantes do crime. Ela disse em depoimento nas audiências do processo pelo assassinato da médica que pegou carona com o genro no dia 14 de setembro. O Gazeta Online teve acesso com exclusividade a todo o material.
Zilca explicou que estava na casa de Hilário e Milena quando recebeu uma ligação dizendo que a filha tinha sido assaltada, passou mal e precisava de ajuda. Hilário chegou com as crianças e estava indo para o local do crime quando Zilca o acompanhou.
Na ocasião, o carro era dirigido por um amigo de Hilário. Hilário disse que não precisava ir e que ficasse com as crianças, ele dizia que tinha ocorrido um assalto. X.(amigo) insistiu em ir dirigindo, pois dizia que Hilário estava muito nervoso. Ao saber que Milena tinha sido atingida na cabeça, comecei a concluir que não foi um assalto, contou.
Em depoimento, a mãe da médica disse que o relacionamento do casal só piorou com o casamento e após o nascimento da primeira filha. Segundo ela, o acusado era muito ciumento e possessivo. A vítima queria receber visitas, mas Hilário não se sentia bem.
Ela contou que, durante o resguardo da Milena, foi para a casa da médica para ajudá-la, mas não podia dormir lá por causa do policial civil. Hilário ligava e perguntava se eu ainda estava na casa, e ligava para Douglas (irmão da Milena) perguntando se ele já tinha ido me buscar, relatou.
Zilca contou ainda que Milena a informou que havia deixado um documento assinado que seria entregue caso acontecesse alguma coisa a ela, mas não sabia do que se tratava.
"Mãe, olha só, eu fiz um documento e vou deixar para vocês terem se acontecer alguma coisa comigo, mas não vai acontecer nada. Mãe, eu estou muito feliz porque eu tenho certeza de que agora eu vou ser feliz. Você está feliz, mãe?, relembra Zilca.
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