Em setembro deste ano, o município da Serra viu o número de registros de pessoas infectadas pelos vírus HIV aumentar consideravelmente. Foram registrados 26 novos casos positivos. Um aumento de 53% em relação ao mês de agosto.
Em 2017, foram registrados 191 casos de moradores com o vírus HIV. De lá pra cá, tem havido queda. Em 2018, o número foi de 141 casos diagnosticado e, em 2019, foram 95 registros.
Atualmente, há 1.700 pacientes em tratamento no Centro de Testagem e Aconselhamento da Serra (CTA).
De acordo com o subsecretário de Saúde da Serra, Aldo Lugão, o desequilíbrio entre de casos confirmados este ano podem ter relação com campanhas nacionais de prevenção à AIDS e por uma ação interna do município com moradores de rua para a realização de exames.
Em agosto e setembro, realizamos atendimentos multidisciplinares com pessoas em situação de rua. Além do acolhimento, abordagem, apoio psicossocial, eles também são encaminhados para exames. Quando aceitam, fazemos testes de várias doenças, como sífilis e HIV, explicou Lugão.
O subsecretário explicou que os exames de HIV não são obrigatórios, tem que ser demanda espontânea. As pessoas procuram realizar o exame, muitas vezes, durante campanhas nacionais, o que já provoca uma variação no número de diagnóstico maior, pontua.
Na Serra, jovens e homens representam a maior parte das pessoas que portam o vírus. Percebemos que a geração atual tem uma menor preocupação com a doença, que foi sendo menosprezada com o passar dos anos. O que não entendem é que é uma doença severa, que não tem cura, apesar de haver acompanhamento, pontuou.
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