Enquanto a rede pública reforça suas estratégias para atendimento de casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus (Covid-19), hospitais particulares e planos de saúde também adotam medidas para garantir a assistência de seus clientes. Os protocolos adotados seguem orientações do Ministério da Saúde e que constam do Plano Estadual de Prevenção e Controle da doença, elaborado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Unimed Sul Capixaba, que faz parte do Sistema Unimed, ressalta que cada caso que preenche os critérios do Ministério da Saúde para suspeita de infecção pelo coronavírus atendido em sua rede é prontamente notificado à Vigilância Epidemiológica e a órgãos similares de Cachoeiro de Itapemirim.
Uma pessoa apenas será classificada como caso suspeito "se apresentar sintoma respiratório e vínculo epidemiológico com viagem ao exterior ou contato com caso da doença nos últimos 14 dias", segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A cooperativa médica realizou nos dias 12 de fevereiro e 3 e 5 de março, um treinamento que contou com a participação de 150 profissionais de saúde, entre os quais médicos e enfermeiros, e também os de áreas como a recepção e vigilância.
Nos dias de treinamento, conforme relaciona a assessoria de imprensa da Unimed Sul Capixaba, foram abordados os seguintes assuntos: características do vírus; transmissibilidade; áreas de transmissão local; definição de casos suspeitos; apresentação da doença, tratamento; coleta de material para exame; medidas de precauções; prevenção e bioproteção; notificação e vigilância epidemiológica.
A Rede Meridional, que reúne sete hospitais distribuídos por Cariacica, Serra, Vila Velha, Vitória e São Mateus e um total de 210 leitos de UTI, informa que está atenta e acompanhando todos os desdobramentos da pandemia.
Para isso, segundo a assessoria, criou um Comitê de Gerenciamento composto por colaboradores de diversas áreas de saúde para assegurar qualidade assistencial aos pacientes em geral e, em especial, aos que apresentarem suspeita da doença. Os funcionários e equipe médica também atuam conforme o protocolo de segurança definido.
"O abastecimento do hospital é outra preocupação da Rede Meridional. O objetivo é assegurar insumos para o dia a dia das unidades e para as demandas específicas dos pacientes que possam estar com o coronavírus. A Rede Meridional se mantém, permanentemente, atualizada sobre a evolução da doença e trabalha continuamente na preparação de sua equipe", destaca.
A Unimed Noroeste Capixaba revela que, assim que o Ministério da Saúde publicou os protocolos padrões de atendimentos em casos suspeitos de Covid-19, vem adotando medidas de implantação dos procedimentos e seguindo as orientações. Os médicos e colaboradores foram treinados para identificar os sintomas e agir com rapidez e segurança quando houver necessidade, pontua a assessoria.
Já o Vila Velha Hospital aponta, também pela assessoria, que tem mantido contato contínuo com a Sesa e a Secretaria Municipal de Saúde e buscado cumprir todos os protocolos de atendimento estabelecidos para casos suspeitos do coronavírus. Acrescenta, ainda, possuir hoje 100 leitos de UTI e mantém-se aberto as negociações com os poderes públicos para a utilização das unidades em caso de necessidade.
A Unimed Vitória diz que, desde janeiro, também segue um protocolo de atendimento alinhado aos critérios definidos pelo Ministério da Saúde para casos suspeitos de Covid-19. "O documento é difundido e atualizado diariamente entre os profissionais de saúde das nossas unidades. Também possui um comitê responsável por realizar reuniões periódicas para discutir assuntos relevantes à saúde da população, como no caso do coronavírus", assegura a cooperativa por meio da assessoria.
No São Bernardo Apart Hospital (SBAH), foram realizadas simulações de atendimento a casos suspeitos de Covid-19. Segundo a assessoria de imprensa, a equipe multidisciplinar do hospital foi orientada como proceder nesses casos, desde o acolhimento do paciente no Pronto Socorro, assistência médica, coleta de amostra e notificação do caso suspeito as autoridades competentes.
Um paciente da Unimed esteve na tarde desta quinta-feira (12) na emergência do Cias, em Vitória, com sintomas de uma síndrome gripal e, em sua avaliação, o atendimento não foi adequado para o seu quadro. O assessor jurídico Caio Neri está com tosse, coriza e garganta irritada e esteve em contato com pessoas que retornaram da Itália, epicentro do coronavírus na Europa.
Segundo Caio Neri, o médico o avaliou sem usar máscara ou luvas e não pediu exames, classificando seu caso como uma virose. "E eu só estava de máscara porque pedi", conta.
Sobre essa situação, a Unimed Vitória assegura que o atendimento seguiu todos os critérios de definição de casos suspeitos de Covid-19 estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que são atualizados diariamente.
A Sesa ratifica, em boletim epidemiológico sobre o coronavírus divulgado nesta quinta (12), que todas as medidas previstas no Plano Estadual de Prevenção e Controle da doença no Espírito Santo estão sendo executadas, tanto pela rede pública quanto pela particular. Um dos critérios é que, além dos sintomas respiratórios, a pessoa precisa ter mantido contato com alguém doente nas últimas duas semanas.
"A partir da definição de suspeita, o paciente será investigado com exames que irão confirmar ou descartar o caso. Os exames são realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES), que hoje é o único apto para executar a análise do Covid-19 no Estado", destaca o boletim.
Até obter o resultado do exame, a pessoa deve ficar em isolamento domiciliar nos casos leves e internação em caso graves. A Sesa reforça que está adotando todas as recomendações do Ministério da Saúde, com a devida preparação da rede para atendimento à população e planejamento de hospitais de referência com leitos suficientes para a realidade do momento.
Atualmente, seis estão na lista: Hospital Dr Jayme Santos Neves, na Serra; Infantil, Vitória; Silvio Avidos, em Colatina; Roberto Silvares, São Mateus; Santa Casa e Infantil de Cachoeiro de Itapemirim.
Ainda na rede pública, o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) esclarece que não é referência até o momento para casos de coronavírus no Estado. Entretanto, segundo a assessoria, a unidade já realizou algumas ações, em consonância com as diretrizes do Ministério da Saúde e do gestor do SUS no Estado.
"O Hucam finalizou esta semana um plano de contingência para lidar com casos suspeitos do novo coronavírus. A instituição também já estabeleceu fluxos de atendimentos para pacientes e colaboradores do hospital que, ao buscarem atendimento para as especialidades atendidas pelo Hucam, apresentarem também sinais de alerta para o coronavírus. Um grupo de profissionais foi treinado para identificar tais indicações e referenciar possíveis casos suspeitos para as unidades de saúde indicadas pela Sesa", diz a nota.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal ao qual o hospital é vinculado, também está trabalhando em parceria direta com o Ministério da Saúde, integrando-se desde o começo com todos os esforços para acompanhamento e avaliação dos casos suspeitos/e ou confirmados do vírus no país.
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