As obras de restauração e revitalização da Igreja São José do Queimado, localizada na Serra-sede, devem ser concluídas até o final do próximo mês. O espaço será transformado em um museu a céu aberto, onde será possível conhecer os achados arqueológicos encontrados na região.
As ruínas, que ao longo dos anos perderam algumas paredes e a torre, vão receber uma estrutura metálica para dar suporte para as paredes que ainda permanecem em pé. Também está sendo aplicado na estrutura um tipo de selagem que vai impedir o desgaste ocasionado pelo tempo. O material que ruiu, permanecerá no local, mas não será reconstruído. "Tudo o que caiu com o tempo, ruiu, vai ficar no local. Não vamos retirar nada", explicou Motta.
Uma novidade, segundo o secretário de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer do município, Alessandre Motta, é que o piso da igreja, que está sendo restaurado, poderá ser visto pelos turistas. "Um outro piso será construído por cima, de forma que permita a observação do piso original, sem que ele seja destruído", explicou.
No centro da igreja, quando as obras estiverem prontas, será instalado uma caixa de pedra, onde vão ser expostos os artefatos que foram encontrados na pesquisa arqueológica, como jarros e azulejos, visualizados por uma tampa de vidro.
A obra tem custo de R$ 1,3 milhão e está sendo realizada pelo Instituto Modus Vivendi, que já atuou na iluminação do Convento da Penha, e está realizando a restauração da Igreja de Anchieta. Fez obra semelhante também na Catedral de Vitória. O trabalho está sendo realizada em parceria com o Sindicato do Comércio Atacadista e distribuidor do Estado (Sincades).
Uma segunda etapa do projeto, explicou o secretário, vai contemplar a construção de uma nova área destinada aos turistas, com espaço para uma loja, para lanches, e local para receber escolas e contar um pouco mais da história local. Não está descartado também a construção de um galpão que envolva a igreja, a protegendo dos desgastes do tempo.
A igreja de São José do Queimado faz parte do sítio histórico de Queimado, onde ocorreu a principal revolta de escravos do Espírito Santo: a Insurreição de Queimado. O movimento foi liderado por Chico Prego, João da Viúva e Elisário, em 19 de março de 1849.
Outra igreja centenária que também enfrenta dificuldades é a de São João Batista de Carapina, também na Serra. No local há paredes escuras e descamando, rachaduras, pichação, mato alto e lixo, e a parte externa se tornou pasto para cavalos. De acordo com o secretário, uma empresa foi licitada para realizar um projeto de restauração. O trabalho está sendo desenvolvido em parceria com a Vale. A expectativa é de que o trabalho seja entregue também em outubro, para a contratação da empresa que fará as obras.
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