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Incêndio de casas na Piedade foi ataque para intimidar rivais, diz PM

Incêndio de casas na Piedade foi ataque para intimidar rivais, diz PM

A Polícia Militar afirma que as duas casas incendiadas pertencem a familiares de membros de um grupo criminoso que atua na Piedade

Publicado em 20 de junho de 2019 às 15:42

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Policial fazendo patrulhamento na região onde as casas foram incendiadas, no Morro da Piedade, em Vitória. (Fernando Madeira)

As duas casas incendiadas por bandidos na noite desta quarta-feira (19), no alto do Morro da Piedade, em Vitória, foram alvos escolhidos por bandidos que queriam intimidar rivais e demonstrar poder de força. Essa é a avaliação do tenente-coronel Geovânio Ribeiro, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento da região da Piedade.

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"É um cenário de demonstração de forças entre grupos rivais. Um indivíduo que saiu do sistema prisional e estava na casa da mãe, uma das casas que foi incendiada. Esse indivíduo estava ameaçando o grupo de São Benedito e do Bairro da Penha.Aconteceu o deslocamento de um grupo de indivíduos armados que efetuaram diversos disparos e incendiaram essas residências. Inicialmente, se trata desse confronto entre grupos rivais", explicou o tenente-coronel da PM, ao vivo, durante entrevista na rádio CBN Vitória, na manhã desta quinta-feira (20).

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A Polícia Militar afirma que as duas casas incendiadas pertencem a familiares de membros de um grupo criminoso que atua na Piedade. Uma das casas incendiadas pertence a Marly Ferreira Bispo, mãe de João Paulo Ferreira Dias. Ele é apontado como o chefe do tráfico da Piedade e está preso desde julho do ano passado.

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A outra casa incendiada é o local onde moram os familiares de um homem de 30 anos, que seria aliado de João. Esse homem, que não teve o nome divulgado, passou um período preso por tráfico de drogas e ganhou liberdade no último dia 24 de maio. De acordo com a Polícia Militar, o grupo de criminosos do Bairro da Penha incendiou as casas para intimidar João Ferreira Dias e o seu comparsa que está em liberdade.

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20/06/2019 - Casa da Família Ferreira, que tomava conta do Morro da Piedade, em Vitória, após o incêndio causado por bandidos do Bairro da Penha. (Fernando Madeira)

Ao falar sobre a presença da polícia no momento do crime, o tenente-coronel explicou que o patrulhamento existe e que os PMs estavam no momento de lanche. "Nós já tínhamos no dia a patrulha dedicada aquela situação. No momento que eles saem para se alimentar, aconteceu a ocorrência", disse Geovânio, explicando que a PM fez buscas no local, mas não conseguiu encontrar nenhum suspeito.

O CRIME

De acordo com testemunhas, Marly estava na companhia dos três netos quando os criminosos atacaram a casa da família Ferreira Dias. O grupo com mais de 10 criminosos teria quebrado diversos móveis e apontado armas para cabeça de duas crianças antes de ateares fogo em vários cômodos da residência.

De acordo com Marly, um dos bandidos entregou a ela uma munição de fuzil calibre 5,56 mm e aviso que matariam o filho dela, João Paulo Ferreira Dias. "Ele me deu uma bala de fuzil para entregar para a polícia e eu entreguei. Falou que a policia não servia para nada e me chamou de 'caguete', que eu denuncio eles para a polícia. Me diz como? Se eu moro aqui, e eles no Bairro da Penha", disse em entrevista ao Gazeta Online, afirmando que os bandidos juraram matar o filho dela.

Dois adultos e quatro crianças estavam na segunda casa incendiada. Moradores da residência afirmaram que os bandidos colocaram todos os moradores em um quarto e quebraram os móveis antes de iniciarem o incêndio. Os dois adultos e as quatro crianças receberam ordens para ficar com a cabeça abaixada e só foram liberados a sair da casa quando o incêndio já tinha começado.

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Os ataques de criminosos que chegam à Piedade pela mata da Fonte Grande não são novidade na região. Desde março de 2018, seis pessoas já foram assassinadas nos bairros da Piedade e do Moscoso em situações muito parecidas, quando bandidos utilizam a mata para entrar nos bairros, promover ataques e ir embora.

O tenente-coronel Geovânio Ribeiro afirmou que o patrulhamento policial na região foi reforçado após o ataque desta quarta-feira: "Nós vamos fortalecer o policiamento ostensivo no local durante o feriado".

ATAQUE EM CASAS NA PIEDADE

Alvos: Duas casas foram incendiadas

Motivo: A Polícia Militar acredita que casas foram incendiadas por bandidos de fora da Piedade, com a intenção de intimidar criminosos da Piedade

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