Horas após os ataques promovidos por criminosos na região da Avenida Leitão da Silva, que teriam sido motivados pela morte de Caio Matheus Silva Santos, 17 anos, o governo afirmou que o serviço de inteligência da polícia apontou que o adolescente morto com um tiro de fuzil "tinha uma importância na hierarquia do tráfico" do Complexo da Penha, em Vitória.
Questionado sobre a razão pela qual as ações criminosas foram desencadeadas, o governador Renato Casagrande atribuiu ao trabalho de saturação da polícia no Bairro da Penha e região. "Um líder e membro de um grupo criminoso perdeu a vida em um enfrentamento, e isso causou uma reação, que foi imediatamente combatida", ressalta.
O secretário estadual da Segurança Pública, Roberto Sá, ainda traçou um perfil de Caio Matheus que, segundo ele, entrou muito jovem no mundo do crime e tinha importância na hierarquia do tráfico.
"Fica a mensagem: precisamos criar alternativa para que o jovem não seja seduzido para o mundo do tráfico de drogas. É mais uma demonstração de que estão entrando muito cedo para o crime e fazendo enfrentamento à polícia. Aqui no Espírito Santo, toda vez que tentarem ousar atentar contra as polícias ou outras comunidades, receberão uma resposta dura, firme, dentro da lei."
Conforme relatório policial, Caio Mateus foi morto com tiro de fuzil AR-15, calibre 5,56. Ele estava com outras três pessoas, no alto de uma pedra no Bairro Bonfim, com armas. A polícia estava na região para cumprir um mandado de prisão, foi recebida a tiros e reagiu.
Segundo a versão da família, o jovem estava no alto da pedra fumando com amigos quando a polícia chegou, e que não houve confronto. "A polícia viu e já atirou", afirma Jocasta Santos, tia de Caio, que morava com o padrasto, quatro irmãos e a mãe, grávida de sete meses. Ele era o mais velho dos filhos.
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