Enquanto uma longa fila se formou para a visitação da Logos Hope - maior livraria flutuante do mundo - quem faturou com ela foram os ambulantes na tarde deste domingo (13) no Centro de Vitória. Alguns, inclusive, dobraram as vendas do dia a dia. Durante a tarde, era possível encontrar vendedores de água, churros, pipoca, picolé, balão e algodão doce.
O autônomo Wesley Moreira Pereira, de 32 anos, levou o carrinho de churros para o Centro de Vitória. Ele chegou a vender cerca de 100 churros, sendo que num domingo comum, em Jardim Camburi, a média de venda é de 50 churros. Para mim, esse navio poderia vir todo final de semana, as vendas estão ótimas. Não consigo parar um minuto, comemora.
Quem também está faturando com as vendas é o vendedor José Augusto Gonçalves Ferreira, de 37 anos. Até a tarde deste domingo (13), ele já tinha vendido 72 garrafas de água, sendo que cada uma era vendida por R$ 2,50. Durante a semana, no entanto, ele trabalha num food truck. Eu enxerguei uma oportunidade de ganhar um dinheiro extra, sempre vendo água em grandes eventos, em lugares mais movimentados, disse.
Centenas de pessoas aproveitaram o domingo de folga para conhecer o navio. Teve quem esperou cerca de duas horas para entrar. Alguns desistiram e preferiram ir embora, principalmente idosos.
A dona de casa Taíse Silva de Oliveira, de 34 anos, mora em Ponta da Fruta, em Vila Velha. Ela levou as duas filhas, de 13 e 8 anos, para conhecer a livraria. Conseguiu, inclusive, carregar a vizinha e o filho dela.
É uma programação diferente para trazer as crianças. Bom que eles saem um pouco de casa e deixam o celular de lado por um tempo. Espero que todos gostem, minhas filhas nunca entraram num navio antes, contou.
A bióloga Mycheli Felberk, de37 anos, e o marido José Antônio Cardoso, de 42 anos, também levaram os dois filhos, de 8 e 7 anos, para conhecer o navio. Eles saíram de Cidade Continental, na Serra.
É uma programação diferente, um dia de aprendizado para as crianças, disse Mycheli. É raro ter um evento desse em Vitória. É bom para trazer as crianças e se divertir com elas, acrescentou José Antônio.
A Logos Hope chegou em Vitória na última quarta-feira (9). Dentro do navio, que circula o mundo inteiro com a missão de levar leitura e cultura à maior parte do globo, a moeda usada é a Unit, como é chamada. Assim que chegar ao caixa, o visitante deve trocar o real pela modalidade usada a bordo (cada real equivale a 10 Units). Só para se ter uma noção, a obra mais barata custa 25 Units e equivale a R$ 2,50. Mas existem versões de outras obras que chegam a custar até 2.500 mil units.
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