A Marinha do Brasil está realizando uma varredura em praias da Grande Vitória neste sábado (16) na busca de vestígios de óleo que vêm atingindo o Espírito Santo. A ação se dá um dia após supostos fragmentos de óleo serem encontrados na Praia de Camburi, em Vitória.
Embora ainda não tenha sido confirmado se o material de cor preta encontrado é o mesmo óleo que atinge há dois meses as praias do Nordeste brasileiro e que chegou há cerca de uma semana no Estado, a Marinha informou que designou um novo contingente de marinheiros para a região, em caráter preventivo, independentemente da confirmação da análise dos fragmentos.
A Gazeta apurou que a ação vai se concentrar nas praias de Camburi e Curva da Jurema e que tão logo "seja recebido o material coletado na região de Camburi será encaminhado para análise."
Nesta sexta (15), as ações de monitoramento e limpeza da Marinha foram realizadas em toda a extensão Norte do Litoral capixaba e também no município da Serra.
A Marinha afirmou ainda que aumentou o contingente de marinheiros para auxiliar na limpeza das praias de Aracruz e de Serra, em face da progressão do deslocamento dos pequenos fragmentos oleosos em direção ao Sul.
Também neste sábado, a Prefeitura de Vila Velha realiza vistoria nas praias do município. A ação é coordenada pelo Comitê Municipal para Acompanhamento e Vigilância do Avanço das Manchas de Óleo. O coordenador do Comitê, coronel Marcelo DIsep, da Defesa Civil Municipal, disse que até o final da manhã nenhum vestígio havia sido encontrado.
"Nós ainda estamos fazendo essa inspeção e até agora nada encontrado. São cerca de 80 pessoas atuando: 40 guarda-vidas, que fazem seu trabalho normal e também inspecionam a linha da maré; 30 garis do serviço de limpeza urbana, que fazem o trabalho normal deles e também observam indícios de óleo, e mais 10 pessoas do comitê.
Quadriciclos da Guarda Municipal de Vila Velha estão sendo usados no monitoramento de praias com menor movimentação de pessoas, como a da Barrinha, próximo a Foz do Rio Jucu, e na Praia Grande, próxima a Interlagos.
"Esse trabalho precisa ser feito de acordo com a maré. Não adianta ficar fazendo vistoria com a maré cheia. Então a gente começa duas horas antes da maré baixar, que é por volta de meio-dia. E quando ela enche de novo, lá para de noite, ela traz mais detritos, mas tem que esperar baixar de novo, só sendo possível no outro dia", explicou o coronel.
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