Após liberação da moradora de Vila Velha, a primeira com diagnóstico confirmado de coronavírus no Espírito Santo, a infectologista Mylene Murad, que acompanhou o caso, destacou que o isolamento a que a paciente foi submetida se mostrou fundamental para que a doença não se disseminasse. Com os cuidados, os familiares não apresentaram sintomas do Covid-19.
Mylene Murad disse que a paciente deu entrada no hospital, no qual ficou por alguns dias, devido a uma dor muscular intensa. Assim que foi internada, foram adotados os protocolos de notificação à Vigilância Sanitária como caso suspeito e tomadas as medidas preventivas, com isolamento respiratório.
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A mulher, que tem 37 anos, ficou sozinha em um quarto, com preparação especial, e todos que realizavam o seu atendimento precisavam usar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e luvas, para evitar o contágio.
"Quando ela teve critério para alta, foi para casa e a recomendação foi para que mantivesse o isolamento domiciliar. Nesse sentido, ela precisava ficar de máscara, permanecer o maior tempo possível no quarto sozinha e não compartilhar utensílios com outros familiares", exemplificou Mylene.
A infectologista conta que, quando a paciente recebeu a confirmação do diagnóstico para coronavírus, já estava em casa e com poucos sintomas. Mylene ressalta que o caso da moradora de Vila Velha não era grave, e só houve necessidade de internação para tratar dos sintomas porque ela sentia muitas dores musculares.
Questionada sobre diferenças observadas no quadro de coronavírus em relação a outras síndromes gripais, a infectologista diz que não houve nenhuma manifestação na paciente que chamasse a atenção. "Está tudo dentro do previsto na literatura sobre o coronavírus. Tinha coriza, dores musculares e o que persistiu por mais tempo foi a tosse. Desde sábado (7) estava assintomática, e esperamos ainda três dias para liberá-la totalmente", conta a médica.
Sobre os familiares, Mylene afirma que permanecem sendo monitorados porque não completaram os 14 dias de observação, porém até o momento não apresentaram nenhum sintoma gripal.
A mulher que teve o caso confirmado viajou de férias para Roma, na Itália, com o esposo e a filha no dia 14 de fevereiro. Ainda no exterior, no dia 22, ela iniciou sintomas de tosse, coriza e mialgia. No dia 24 de fevereiro, a mulher retornou ao Brasil, e, no dia 29, como persistiu a tosse, coriza e dor no corpo, procurou atendimento médico.
A paciente foi internada e permaneceu em isolamento hospitalar até o dia 3 de março, quando recebeu alta para continuar isolada em domicílio.
Mylene reforça que, apesar da confirmação do caso no Estado, a população não precisa entrar em pânico, até porque não há circulação do vírus no país. O mais importante, segundo a infectologista, é adotar medidas preventivas, como higienizar bem as mãos, e, em casos suspeitos da doença, buscar orientação médica.
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