Com apenas 5 anos, Marina Campos Cunico ficou tocada ao ver a foto de uma prima que fazia tratamento de câncer e que usava uma peruca por conta dos efeitos do tratamento. Prontamente, a criança decidiu cortar o cabelo e doar os fios para ajudar outros que sofriam com a doença.
Foi desta forma tão precoce que teve início a Teia do Bem instigada pela menina, hoje com 13 anos, e exemplo de ativismo social. Muitas mulheres passam o tratamento todo sem cabelo, pois não têm condições de comprar perucas. Recebo cabelos do Brasil inteiro e tenho um peruqueiro voluntário, Dirceu Paigel, que é meu parceiro e faz perucas para doar. Marina faz parte do time de adolescentes que, com boas iniciativas e muita força de vontade, lutam para ajudar ao próximo.
Depois disso, a adolescente não parou mais. Criou a Lojinha da Marina, que reaproveita roupas usadas de forma lúdica para ajudar crianças de baixa renda. A lojinha funciona a partir da necessidade de uma comunidade, por isso é itinerante.Percebi que muitas crianças da periferia não tinham roupas do tamanho adequado. Lá, elas brincam, ganham o dinheiro Amor Real e usam as notas para comprar as roupinhas, que são bem cuidadas, lavadas e cheirosas, explica.
O último feito foi arrecadar 300 bicicletas para doar para crianças da localidade de Areal, em Linhares. Estimulo as pessoas a ajudar. Acredito muito no reúso das coisas, por isso as bikes já foram usadas e estamos consertando para entregá-las para uma comunidade afetada pela lama de Mariana, conta, com voz doce.
Marina sonha ainda em levar educação de forma divertida e tecnológica para crianças sem condições, tudo em um caminhão. Quero que elas também possam fazer refeições lá, planeja a menina, que conseguiu uma rede de parceiros durante as ações de mobilização social e divulgação em redes sociais.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta