O universitário Caio Perim Furlan, de 27 anos, era um dos ocupantes do Audi A3, que ficou completamente destruído após um acidente em que dois amigos dele morreram e ele e o primo ficaram feridos, na noite de terça-feira (29), na Avenida Dante Michelini, em Camburi, Vitória. Para a mãe de Caio, Celeneh Perim, o filho ser um dos sobreviventes foi providência divina. "Acredito que meu filho nasceu de novo. Pelas condições do acidente, pela forma como o carro ficou depois do capotamento e da batida no ônibus, foi um livramento de Deus", desabafou.
Caio estava no carona do carro modelo Audi A3. Quem dirigia era o primo dele, Augusto César Bento Perim Filho, que assim como Caio foi socorrido para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, o antigo São Lucas, sem ferimentos graves. Os dois receberam alta no final da tarde desta quarta-feira (30).
No banco traseiro do carro estavam dois amigos deles: o universitário Matheus Nunes Fardin, 26 anos, e bacharel em Direito Gustavo Fracarolli, 27. Os dois foram arremessados do Audi A3 depois que o carro perdeu o controle, bateu em um poste no canteiro central, invadiu a contramão e bateu de frente com um ônibus. Os dois morreram no local.
Caio havia saído da faculdade e encontrou os amigos na região da Praça dos Namorados. Gustavo, um dos que morreram, havia ido ao local de moto. A mãe do universitário acredita que o grupo só foi dar uma volta de carro. "Eles têm vários amigos que customizam carros e se reúnem lá. Não sei se tem alguém que não conhecia o carro do Augusto e por isso resolveram dar uma volta de carro, sei lá, mas acredito que na hora combinaram de dar uma volta, foram até ao final de Camburi e voltavam. Foi quando aconteceu o acidente", disse Celeneh.
A mãe do universitário disse que ele ainda está emocionalmente abalado com tudo e que não se recorda exatamente do momento do acidente. "A perda dos amigos fica toda hora na cabeça dele. Ele não se lembra bem do acidente, diz se recordar apenas de momentos, não tem muito sentido. Ele contou que eles estavam conversando dentro do carro quando começou toda a confusão do capotamento, mas não consegue detalhar nada", contou.
O universitário ficou consciente após o acidente e chegou a passar o telefone da mãe para uma pessoa que o ajudava no local da tragédia. Não demorou muito para Celeneh chegar à cena acompanhada da filha. "Passaram mil coisas na cabeça da gente até chegarmos lá. Pegamos um engarrafamento, pois o acidente interditou a pista por um tempo. Depois a polícia conseguiu organizar uma fila para os carros passarem. Cheguei e as ambulâncias já estavam lá, com paramédicos imobilizando meu filho e Augusto. Eles foram muito bem atendidos ali e também no São Lucas (Hospital Estadual de Urgência e Emergência)", elogiou.
O universitário saiu do hospital e segue em repouso em casa. O rapaz está tomando remédios devido a dor no corpo provocadas pelas pancadas e também por causa dos ferimentos na boca. "Mesmo o airbag abrindo, o que o protegeu, teve todo o sacolejo da batida, no teto e com o motorista do carro. Além disso, a violência da batida em si", observou a mãe de Caio. A nossa reportagem pediu para falar com Caio mas Celeneh disse que ele ainda não tinha condições emocionais.
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