O Ministério da Saúde fez um alerta para o risco de surto de dengue, a partir de março deste ano, em 11 estados do país, incluindo o Espírito Santo. Em 2019, foram 79.245 casos da doença e 43 mortes no Estado, sendo a pior crise epidêmica desde 2013.
A dengue é uma doença sazonal, com maior ocorrência dos casos no verão, período quente e chuvoso, propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Embora a circulação da doença seja dinâmica, podendo mudar em pouco tempo, o Ministério da Saúde alerta, neste momento, todos os estados da região Nordeste e os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, no Sudeste, sobre o possível aumento de casos da doença em 2020.
O alerta ocorre porque, no fim de 2018, o tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular depois de 10 anos e vem encontrando populações suscetíveis à doença desde então. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele. O sorotipo 2 que está circulando em algumas regiões do Brasil, tem um potencial de vírus maior de manifestação grave.
Em 2019, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para mobilizar a população e garantir que não apareça novos focos do Aedes aegypti. A ação, que teve seu período de veiculação adiantado para setembro, reforça a necessidade de manter a mobilização nacional durante todo o ano, e não apenas nos períodos críticos, de chuva e calor. A medida traz mais tempo aos gestores locais e a população para desenvolverem ações estratégicas no combate ao Aedes aegypti, de acordo com a realidade de cada região.
Em todo o ano de 2019 (dados preliminares) foram registrados 1.544.987 casos prováveis de dengue, um aumento de 488,3% se comparado com 2018, quando foram registrados 262.594 casos da doença. Já em relação às mortes, houve aumento de 289% nos dados de 2019 (782) com 2018 (201).
Sobre a chikungunya, 132.205 casos foram registrados em 2019 (dados preliminares), aumento de 52,3% em relação aos dados de 2018 (86.770). Quanto às mortes, houve aumento de 104,4% se comparados os anos de 2019 (92) com 2018 (45).
Em relação à zika, em 2019 (dados preliminares) foram registrados 10.708 casos, aumento de 30% se comparado com 2018, quando foram registrados 8.219 casos da doença. Já em relação às mortes, houve queda de 50% nos dados de 2019 (3) com 2018 (6).
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