Na dia a dia, no ambiente de trabalho e nas ruas, o povo negro capixaba segue sendo alvo. Segundo o Atlas da Violência, divulgado em junho, entre os negros a taxa de homicídios era de 50,2 mortes por 100 mil habitantes, em 2017, indicador quase cinco vezes maior em relação ao grupo de pessoas não negras, cuja taxa foi de 11,7 homicídios naquele ano.
Entre mulheres, o fator racial também é nítido. Em dados gerais, a taxa de assassinatos de pessoas do sexo feminino é de 7,5 por 100 mil habitantes. No entanto, entre as negras, chega a 9,5, enquanto entre as não negras não passa de 3,1.
Doutora em Psicologia e representante do Movimento Negro Unificado, Luizane Guedes trabalha com vítimas da violência na Grande Vitória. Segundo ela, 80% das pessoas que sofrem algum tipo de violação são negras. Ela citou, como exemplo, as crianças assassinadas recentemente no Rio de Janeiro por balas perdidas.
O coordenador do Centro de Estudos de Cultura Negra (Cecun), Luiz Carlos Oliveira, defende a implantação de políticas públicas arrojadas para combater a violência.
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