As motocicletas são veículos ágeis que propiciam ao condutor uma maior facilidade nos deslocamentos, principalmente nos grandes centros, mas proporcional à agilidade que elas oferecem, estão os números de óbitos dos condutores das mesmas. Somente em 2019, 25 motociclistas perderam a vida na Grande Vitória, de um total de 66 mortes em acidentes no trânsito.
Os números foram divulgados nesta sexta-feira (17) pela Polícia Militar e são provenientes do setor fiscalização do trânsito na Região Metropolitana do Estado. Os municípios nos quais o BPTran atua são Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Viana - os trechos de rodovias federais não entram na contabilidade e são de responsabilidade Polícia Rodoviária Federal.
Ao todo, 42 condutores de veículos, incluindo as motos, fazem parte da lista de 66 mortes contabilizadas. Desta forma, mais da metade dos óbitos de quem dirigia são de motociclistas. Condutores de automóveis aparecem com 10 mortes e outros 7 eram ciclistas. Os 24 óbitos restantes são provenientes de pedestres atropelados (12) e também passageiros (12) de motos ou outros automóveis.
Isso se deve ao fato de que a via, seja ela urbana ou rodoviária, é um ambiente mais hostil para a motocicleta do que para o automóvel. Além disso, a moto expõe mais a risco o condutor. A imprudência, o desrespeito às normas de circulação e conduta, são fatores que levam ao acidente de trânsito e aumentam consideravelmente as estatísticas de mortos e feridos no trânsito.
Ao todo, em 2019, a Grande Vitória contabilizou 18.534 acidentes de trânsito, sendo que 5.324 resultaram em pessoas com algum tipo de ferimento. Já 13.210 das colisões não registraram vítimas. O município de Vila Velha foi o que mais registrou acidentes com mortes no trânsito. Ao todo, 18 colisões na cidade canela verde resultaram em óbitos. Na sequência aparecem a Serra, com 17 acidentes fatais, e Cariacica, com 16. Na capital Vitória, 11 acidentes resultaram em mortes. Já em Viana, apenas 1 terminou com vítima, como mostra o gráfico abaixo.
O trânsito na Região Metropolitana foi ainda mais letal para os homens. Das 66 pessoas que perderam a vida, 58 vítimas eram do sexo masculino, percentualmente correspondendo a 88% dos óbitos. Apenas 6 mulheres, (12%) morreram no trânsito dessas cidades no ano passado.
Na análise das mortes contabilizadas pela Subseção de Ocorrências do BPTran também foi analisado a faixa etária das vítimas: 41% delas tinham entre 20 e 30 anos. O perfil delas é de jovens economicamente ativos, que acabaram de obter a carteira de habilitação ou que possui pouco tempo de experiência na direção.
O tipo de colisão com maior letalidade, segundo o levantamento da Subseção de Ocorrências do BPTran foi choque em objeto fixo, com um total de 17 mortes registradas. Exemplificando, este acidente ocorre quando uma moto bate em um poste ou quando um veículo colide contra algo parado. Segundo a explicação do BPTran, um automóvel instantaneamente parado por um anteparo não permite a dissipação gradual de força da batida e potencializa os efeitos nocivos ao organismo humano.
Outro dado importante levantado diz respeito aos atropelamentos, que somam 12 óbitos. Destes, 9 são de pessoas acima dos 60 anos. Isso se deve ao fato de que nesta idade a agilidade é menor, o reflexo é mais lento, o que implica em dificuldade para caminhar, realizar travessias. Estes fatores somados à falta de prudência dos condutores pode resultar em acidentes fatais.
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