O Ministério Público Federal (MPF) requisitou a instauração de inquérito policial para investigar eventual crime de racismo praticado contra o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Gustavo Forde. Ele foi alvo de ataques preconceituosos na internet após conceder entrevista para A Gazeta.
Por nota, "o MPF informa que requisitou a instauração de inquérito policial para investigar, entre outros, eventual crime de racismo praticado contra o professor Gustavo Henrique Araújo Forde. O inquérito está em andamento na Polícia Federal na fase de diligências", diz o documento.
A notícia-crime contra dois dos autores foi protocolada pelo Centro de Estudos da Cultura Negra no Espírito Santo (Cecun) em setembro. O coordenador do Cecun, Luiz Carlos Oliveira, disse que a decisão atesta que o órgão ministerial está antenado às questões do racismo estrutural presente na sociedade.
André Moreira, um dos advogados responsáveis pelo caso, avalia a recomendação como uma primeira vitória do professor e de todo o Movimento Negro que participa do processo. "A decisão é um indício de que o MPF reconhece a natureza do ato de racismo. Nesse caso específico, era o que a gente esperava que acontecesse", revela Moreira.
Olha a aparência desse doutor filósofo, kkkkkkk. "Você já viu esses sociólogos e filósofos sempre malvestido, barbas malfeitas e cabelo todo imundo parecem que não sabem o que é higiene pessoal. Já falei! A Ufes produz esse tipo de doutor... são quatro anos na maconha direto até sair isso.
Esses foram alguns dos comentários publicados na internet. Gustavo é militante do movimento negro, pesquisador das relações étnico-raciais e de estudos afro brasileiros e doutor em educação.
Dentre os temas abordados na entrevista, cujo título é "Estamos abalando o privilégio branco e discutindo relações de poder", foram destacados o protagonismo do movimento negro, a constituição da sociedade e da educação nos cenários nacional e estadual.
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