Toda criança desperta cedo o sonho de alguma profissão respondendo à famosa pergunta: "O que vou ser quando crescer?". Geralmente, as meninas optam pelo desejo de ser professoras, médicas, atrizes enquanto meninos, na maioria dos casos, miram no mundo do futebol ou do heroísmo, querendo ser bombeiros ou policiais. Embora muitos ainda acreditem que profissões são definidas por gênero, isso não existe. Mulheres podem - e devem - escolher o que quiserem ser, assim como os homens.
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Mulheres bombeiras, policiais, delegadas e jogadoras de futebol já fazem parte do mercado de trabalho que antigamente era considerado só para homens. Ainda sobre o assunto de que não importa o gênero para a atuação em uma profissão, conversamos com a capixaba Bárbara Cardoso que, com 25 anos, atua como copiloto de aeronave, em voos comerciais no Brasil.
A ideia de ser copiloto surgiu porque o pai de Bárbara, Isaias Cardoso, sempre foi um grande diferencial para impulsionar a vida profissional dela, já que ele também trabalha neste ramo como comandante da companhia.
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Desde pequena, meus amigos achavam o trabalho dele muito legal e interessante, o que já foi despertando em mim uma admiração pela profissão. Vê-lo viajando para muitos lugares e contando histórias emocionantes também me motivou a escolher o mundo da aviação, explicou a capixaba.
ÚNICA MULHER NA TURMA
Sobre o processo de aprendizagem, Bárbara disse que começou aos 18 anos fazendo curso de piloto privado em Vila Velha. Única mulher na turma, ela afirmou que nunca se deixou intimidar. Após este período, a capixaba fez um curso de piloto comercial, em São Paulo, e horas de voo em Minas Gerais - além de investir em várias especializações em 2014. Aos 21, chegou a tão esperada contratação, na companhia Gol Linhas Aéreas. "Já pilotei para todos os estados do Brasil e alguns países da América do Sul.
CENÁRIO DENTRO DAS EMPRESAS
Bárbara lamentou sobre o fato de ainda existirem poucas mulheres na profissão, mas comemora que esse número está crescendo a cada ano.
A companhia Gol, que informou ao Gazeta Online sempre incentivar a diversidade e a igualdade de gêneros dentro da companhia, tem em seu quadro de tripulantes 39 mulheres. O número, no entanto, se torna bem pequeno quando a gente vê que, ao todo, são cerca de 1.500 tripulantes na empresa.
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Já a Azul Linhas Aéreas Brasileiras tem 53 mulheres pilotos na companhia, sendo 13 comandantes e 40 copilotos. Levando em conta que ao todo são 1.690 tripulantes, a Azul é a empresa aérea brasileira com mais mulheres na posição de tripulante técnica.
Na LATAM Airlines Brasil, o número total de pilotos que atuam na companhia é de 2.008, dos quais 30 são mulheres e oito delas, comandantes.
Para incentivar que mais mulheres sintam o interesse pela profissão, a copiloto disse que costuma convidar meninas para conhecerem a cabine do avião durante os voos.
Além de se sentir realizada profissionalmente, a capixaba faz diversos registros dos lindos visuais que tem durante os voos. Veja abaixo:
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