O dietilenoglicol substância tóxica encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, em Minas Gerais não é utilizada em nenhuma das 33 empresas que fabricam a bebida de forma artesanal no Espírito Santo.
O presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva-ES), seccional Espírito Santo, Paulo de Victa Alves, disse que o processo de produção adotado no estado capixaba é o mesmo há mais de cinco anos.
Nenhuma cervejaria capixaba usa essa substância. Usa o álcool misturado à água numa proporção que mantém os tanques refrigerados. Nossa cerveja leva de 20 a 30 dias para ficar pronta. Durante esse período, o tanque é mantido em uma temperatura que vai transformando a cerveja. Não fazemos aditivo, transformamos os produtos, garantiu Paulo.
O presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-ES), Luiz Carlos Cavalcanti, explicou que o dietilenoglicol é uma substância sintética que funciona como anticongelante. Na fabricação da cerveja, evita o congelamento da água usada no resfriamento da bebida.
A cerveja tem algumas etapas de fabricação: vai desde uma fervura em torno de 100 °C, depois um resfriamento de 10 °C a 18 ºC e depois outro resfriamento, este em torno de 0 ºC. É necessário um líquido refrigerante para isso. São substâncias que não devem entrar em contato com a cerveja, disse.
O capixaba Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37 anos, contaminado por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada na cerveja Belorizontina, em Minas Gerais, continua internado em estado grave. De acordo com amigos, o quadro clínico do engenheiro é estável. Natural de Marataízes, Luiz Felippe vive em Belo Horizonte com a mulher, onde trabalha como engenheiro metalúrgico.
Ele é uma das dez pessoas internadas, até o momento, por contaminação de dietilenoglicol, substância tóxica encontrada pela Polícia Civil em amostras da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, em Minas Gerais. Após o caso, a empresa foi fechada pelo Ministério da Agricultura.
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