Esqueça a apinhada Guarapari, a praia dos mineiros. Vamos aqui falar da última vilinha praieira do Espírito Santo antes da divisa com a Bahia: Itaúnas, a capital das dunas na região Sudeste do Brasil.
Suas dunas de areia fina e dourada, que alcançam até 30 m de altura, são a principal atração turística. Só depois de cruzá-las é que se alcança o mar este geralmente agitado, de areia mais escura.
Chegar até Itaúnas não é tarefa das mais fáceis. Da capital, Vitória, o visitante deverá seguir por cerca de 260 km pela BR-101, rumo ao norte. Precisa entrar à direita no trevo em direção ao município de Conceição da Barra.
Tem mais: deve ainda seguir por 14 km de asfalto até o acesso a Itaúnas. Daí para a frente, são 21 km em estrada de chão, mas até mesmo um carro 1.0 dá conta do desafio.
Logo na chegada, é possível perceber o clima pacato do lugar. Na pracinha central, em cujo centro se ergue a igreja de São Sebastião, crianças brincam de pega-pega, senhoras proseiam ao sabor do acaso, turistas espreitam os pássaros em busca do melhor ângulo para uma foto.
Famosa por seu forró, a cidade se alegra no fim da tarde ou no comecinho da noite ao som das sanfonas, zabumbas e triângulos. Logo cedo, o silêncio está de volta e, assim que o sol passa a dar as caras, banhistas começam a cruzar a areia em direção ao mar.
Para proteger as dunas, foi criado o Parque Estadual de Itaúnas, em 1991, que abarca manguezais, riachos, dunas gigantescas e trechos de mata atlântica divididos em seis trilhas abertas aos visitantes.
As mais acessadas, a do Tamandaré e a do Pescador, são relativamente curtas e têm baixo grau de dificuldade. Ambas dão em praias selvagens -o mar agitado não chega a deslumbrar: sua cor passeia entre o verde e o marrom por causa dos rios que desembocam por lá.
Tudo lindo e maravilhoso, mas atenção: Itaúnas não dispõe de caixas eletrônicos nem de postos de gasolina, portanto, para sacar dinheiro ou abastecer o carro, é preciso fazer uma parada, mesmo que breve, em Conceição da Barra.
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