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Nova onda de Covid: o que se sabe sobre a variante da Ômicron BQ.1

Nova onda de Covid: o que se sabe sobre a variante da Ômicron BQ.1

Detectada no Espírito Santo nesta segunda, estima-se que a nova variante já esteja circulando em diferentes locais do país. Atualização da vacinação é eficaz contra casos graves

Publicado em 7 de novembro de 2022 às 18:18

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Responsável por uma nova onda de casos de Covid-19 na Europa, a nova variante do coronavírus, chamada de BQ.1, foi identificada nesta segunda-feira (7) no Espírito Santo. O anúncio foi feito pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

O registro ocorre dois dias depois a descoberta de um novo caso no Rio de Janeiro, no último sábado (5). A paciente diagnosticada na cidade já estava com a quarta dose da vacina e teve apenas sintomas leves. Ela não havia viajado para outras regiões recentemente. A BQ.1 já havia sido detectada no Amazonas, em 20 de outubro. A nova descoberta fortalece a suposição de que a variante já circula em diferentes locais do país. 

Enfermeiro prepara dose da vacina contra a Covid da Pfizer na UBS Santa Cecília, região central de São Paulo
Enfermeiro prepara dose da vacina contra a Covid da Pfizer na UBS Santa Cecília, região central de São Paulo. (Ronny Santos - 15.set.21/Folhapress)

A BQ.1 não é considerada mais grave que as outras variantes, porém tem maior poder de transmissão. Os sintomas são os mesmos já conhecidos do coronavírus, como dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.

Cuidados para limitar nova onda de casos

A principal medida para evitar o contágio é aqueles que ainda não tomaram a quarta dose da vacina – cerca de três milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde – agendarem o reforço na proteção. Apesar da variante ter maior escape de imunização em relação às vacinas, elas ainda possuem alta efetividade para evitar casos graves.

Nova onda de Covid: o que se sabe sobre a variante da Ômicron BQ.1

Outra orientação importante para limitar o poder de ação da variante é o uso de máscaras em locais fechados, principalmente por idosos e imunocomprometidos. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) também orienta a testagem ampliada assim que forem sentidos os sintomas.

A nova variante deve levar a uma nova onda de casos, a exemplo do que ocorreu na Alemanha e na França. A capital do Rio de Janeiro, onde um novo caso foi detectado, teve, na última semana epidemiológica, um número considerável de confirmados com coronavírus, com 2.202 pessoas infectadas, de acordo com os dados do Ministério da Saúde.

Outras capitais, como Recife (1.333), Goiânia (611), Manaus (506) e São Paulo (479), também tiveram aumento de casos.

Aumento no Espírito Santo

Vitória, que tem população menor comparada a outras capitais, teve 65 casos confirmados na última semana, segundo dados do Painel da Covid-19, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Uma alta de 27% em relação a semana imediatamente anterior, que teve 51 pessoas infectadas. Foi a terceira semana seguida de aumento.

A tendência é que o aumento deva continuar nas próximas três ou quatro semanas.

Em todo o Espírito Santo, foram registradas 304 confirmações no período na última semana epidemiológica, 47% a mais que os 206 casos de Covid-19 detectados no período imediatamente anterior.

Em relação à vacinação, 22% da população se vacinou com a quarta dose (segunda dose de reforço), de acordo com a Sesa. Metade dos capixabas se vacinou com a terceira dose (primeira dose de reforço), enquanto 84% se vacinou com as duas primeiras doses.

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