Com sintomas parecidos com o de uma gripe, o coronavírus tem deixado algumas pessoas com medo de ter contraído a doença e se perguntado se devem ou não procurar atendimento médico. De acordo com informações de especialistas e da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa), é preciso estar atento aos sintomas para saber se precisa do atendimento do profissional e qual serviço de saúde procurar.
Caso a pessoa apresente sintomas de resfriado comum, como coriza, mal-estar e nariz entupido a recomendação é que fique em casa, faça repouso, alimente-se e hidrate-se bem. Se a pessoa apresentar também febre e tosse é hora de pedir ajuda. A recomendação é que a pessoa siga para uma Unidade Básica de Saúde.
Somente se a pessoa tem o sintoma de Covid-19, como febre, tosse, dificuldade de respirar é que deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Porém, se o cidadão fizer parte do grupo de risco, composto por idosos e pessoas com doenças crônicas, ele deve seguir para qualquer local que faça parte da Rede de Emergência: hospitais, prontos-socorros e UPAs.
Segundo o presidente da Sociedade da Infectologia do Estado do Espírito Santo (SIES), Alexandre Rodrigues da Silva, quem tem sintoma leve da Covid-19 não tem que superlotar um pronto-socorro, pode procurar uma Unidade Básica de Saúde. O local deve ser usado para quadros mais graves, que geralmente serão desenvolvidos em idosos ou alguém que tenha outras doenças crônicas, como diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares.
Se for uma pessoa que já está com alguma doença descompensada, independente da idade, ou um idoso que esteja mais frágil, é importante ir direto para um pronto-socorro. Naquele momento a Unidade de Saúde não vai conseguir ofertar o que precisa. Geralmente, o que vai determinar se o sintoma é mais grave é a falta de ar, esclareceu.
Para o infectologista e professor da Ufes Crispim Cerutti Júnior, o grupo de risco precisa ser atendido de forma eficiente porque além de transmissores, correm maior risco de evolução desfavorável que pode evoluir para a morte. Em sua avaliação, para um bom trabalho é necessário ter organização do serviço desde o momento que o paciente chega para receber atendimento até a infraestrutura para acolhê-lo caso a situação venha a se agravar.
Temos uma doença altamente transmissível com um número de casos ainda pequeno e nenhuma evolução desfavorável. Nesse nível são duas formas de enfrentamento: proteção ao grupo de risco e a proteção individual, como lavar as mãos e não ter contato físico. Somente quando a epidemia aumentar que o foco deixa de ser a contenção para ser a assistência de boa qualidade, mas o sistema já deve estar preparado para isso.
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