A chegada ao Espírito Santo de um homem que veio da Itália com sintomas respiratórios levantou a suspeita do primeiro caso de coronavírus no Estado. Na tarde desta quarta-feira (25), exames paralelos realizados para detectar outros tipos de vírus confirmaram que a doença do paciente é influenza A. Com isso, o coronavírus foi descartado.
Antes, na manhã desta quarta-feira (26), o superintendente Regional de Saúde Metropolitana, Luiz Reblin, concedeu entrevista coletiva sobre o caso na Secretaria Estadual de Saúde (Saúde). A reportagem também conversou com o subsecretário de Saúde da Serra, Aldo Lugão. Abaixo, as últimas atualizações sobre o assunto.
O homem já passou pelos primeiros exames, que detectaram a influenza A. Se o exame desse negativo para a presença de outras doenças, seria feita uma outra coleta para ser encaminhada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, onde seriam feitas prova e contraprova para coronavírus. Esse exame é o que levaria sete dias para ficar pronto.
O paciente continua internado no Hospital Dr. Jayme Santos Neves por conta de outras enfermidades, mas não está mais em isolamento, já que o coronavírus foi descartado. O monitoramento da família também foi encerrado.
O homem que ainda está internado no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves tem 54 anos e é morador da Grande Vitória. O município em que ele mora não foi divulgado.
Anteriormente, chegou a circular uma informação de que o homem era morador de Linhares, mas a prefeitura do município negou e emitiu nota sobre o caso. "A secretaria municipal de Saúde de Linhares informa que o paciente diagnosticado com suspeita de coronavírus no Espírito Santo não é morador de Linhares e sim da Grande Vitória. A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira (26) pelo secretário municipal de Saúde, Saulo Meirelles, junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)", diz a nota.
O homem ficou por 11 meses na Itália, onde circulou por várias cidades, de acordo com a Sesa. Segundo informações apuradas pela reportagem de A Gazeta, ele teria morado no Sul da Itália, na região de Positano.
Ele chegou ao Espírito Santo no último domingo (23), de avião, e no dia seguinte procurou assistência médica com problemas respiratórios.
Desde a segunda-feira, a Itália está incluída na lista de países em risco de transmissão do novo coronavírus do Ministério da Saúde. Com isso, o Brasil passou a seguir um novo protocolo: serão considerados suspeitos da doença pessoas que estiveram nestes locais e que apresentam sintomas da doença, como febre e tosse. O novo enquadramento é resultado da confirmação da transmissão do vírus dentro desses países. Por essa razão, o paciente no Espírito Santo foi enquadrado como suspeito.
O paciente que estava com suspeita de coronavírus apresentava quadro respiratório leve, segundo Aldo Lugão, subsecretário de Saúde da Serra. "Estava com febre, dor de garganta e apresentava tosse havia alguns dias, mas o que acendeu o alerta foi o fato dele vir da Itália", explicou.
O relato do paciente era de que ainda na Itália, antes de viajar para o Brasil, ele apresentava um quadro de tosse.
O paciente procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina, na Serra, na noite desta terça-feira (25). Estava acompanhado da esposa. Já na recepção, informou que apresentava dificuldades para respirar e que tinha vindo da Itália havia poucos dias. Segundo Aldo Lugão, subsecretário de Saúde da Serra, a unidade já estava preparada para esse tipo de protocolo e transferiu o paciente para o isolamento, onde ele foi atendido por um médico. "Todos estavam com proteção e, logo após o atendimento, com o paciente transferido para o Hospital Dr. Jayme Santo Neves, a UPA foi higienizada e liberada para o funcionamento".
O paciente possui quadro com doenças pré-existentes e, clinicamente, está bem. "Existem outras comorbidades, mas ele está com quadro estável", disse Aldo Lugão, subsecretário de Saúde da Serra.
Aldo Lugão, subsecretário de Saúde da Serra, informou que a Vigilância Epidemiológica da Serra, e do Estado, estão acompanhando o caso. "Vamos entrar em contato com família para colher informações e saber mais detalhes. Fazer o acompanhamento".
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