Mesmo sem a construção do viaduto que ligaria o Porto de Vitória à Ponte Florentino Avidos, conhecida como Cinco Pontes, retirado do projeto do governo do Espírito Santo, as obras do Portal do Príncipe, em Vitória, devem ficar R$ 26 milhões mais caras. O governador Renato Casagrande (PSB) divulgou que vai lançar, na próxima segunda-feira (9), o edital para contratação das obras com um investimento previsto de R$ 54 milhões.
O projeto, que visa melhorar o acesso a Vitória via Segunda Ponte ou Cinco Pontes, é diferente do que foi inicialmente proposto pelo governo do Estado.
Em 2013, a obra estava orçada em R$ 27,9 milhões (corrigidos pelo IPCA), quase a metade do valor agora previsto, e incluía o viaduto, com extensão de 274 metros, saindo do Porto de Vitória e passando por cima da Avenida Elias Miguel, desembocando nas Cinco Pontes e na Segunda Ponte para passagem de caminhões e carretas.
Em entrevista para A Gazeta, neste sábado (7), o secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, justificou o aumento dos valores citando que o atual projeto prevê novidades, como quadras e pistas de skate, além de recolocação da rede da Cesan e pavimentos de concreto em alguns trechos.
"É uma diferença de seis anos. Então, teve uma atualização grande: a gente mexeu em pavimentos, estamos prevendo até pavimentos de concreto em alguns trechos. Esse é um orçamento referencial já que é uma obra em RDCI (Regime Diferenciado de Contratação Integrada), onde a empresa é obrigada a dar o preço e a fazer o projeto básico executivo. Esse é um anteprojeto, tem equipamentos públicos e rede da Cesan. Ou seja, houve um incremento", argumentou o secretário ao ser questionado sobre a diferença de preços.
As quadras e as pistas de skate ficarão em uma área onde havia 14 imóveis que foram desapropriados - terreno que seria usado para a construção do viaduto.
Segundo Damasceno, a pasta optou por retirar o viaduto porque a obra com a estrutura demoraria mais tempo para ser concluída, quase três anos. Sem o viaduto, de acordo com o secretário, as intervenções devem durar aproximadamente 15 meses após a assinatura do contrato com a empresa. Além disso, se tivesse o viaduto, a empresa precisaria interditar várias vezes o trânsito, o que prejudicaria os motoristas que já sofrem com congestionamentos na Segunda Ponte e nas Cinco Pontes.
"A ideia foi fazer um projeto um pouco mais urbanístico, mesclando urbanismo com mobilidade. E acaba sendo uma obra bem mais rápida para executar e com menos impacto no trânsito. E, nesses seis anos, o trânsito aumentou muito naquele trecho", disse Damasceno.
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