A Organização Mundial da Saúde declarou, nesta quarta-feira (11), que o novo coronavírus passou do estágio de epidemia para pandemia. Mas o que isso significa em termos práticos para os brasileiros?
A epidemia é quando uma doença está centralizada em uma região, segundo explicou Luiz Carlos Reblin, que coordenador do Centro de Operações Estratégicas da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
"Já a pandemia é quando o vírus circula por todo o planeta, ou seja, há registros em todos os continentes. O que isso muda? Efetivamente, não muita coisa, pois continuamos a investigar casos de pessoas com sintomas ou que viajaram para o exterior, ou possuem vínculo com pessoas que viajaram", explicou Reblin.
Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a organização demorou a reconhecer o cenário. "Teimaram comigo. Falei: é uma pandemia, e desde a semana passada o Brasil já trata como pandemia. Se você tem uma transmissão sustentada em tantos países, como vou ficar procurando país por país, quem veio de onde? Isso pelo menos três semanas atrás já era impraticável pelos sistemas de saúde", afirmou.
Segundo ele, com a declaração de pandemia, a ideia é que o país passe a usar como critério para identificar casos a ocorrência de sintomas e histórico de viagem internacional, além do contato com casos confirmados.
Até então, o Brasil considerava para essa análise a ocorrência de febre e outros sintomas e histórico de viagem a países da América do Norte, Europa e Ásia, além de Equador, Argélia e Austrália. Agora, todos os países entram na lista, afirmou o ministro na comissão geral no Congresso Nacional.
Luzi Carlos Reblin afirmou que independente da nomenclatura o protocolo de identificação de casos continua, assim como demais serviços de saúde para contenção da doença. "A ação do governo não muda", pontuou
Nas últimas duas semanas, segundo a OMS, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou. São mais de 118 mil casos ao redor do mundo e 4.291 mortes.
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