Um panelaço contra o presidente Jair Bolsonaro foi registrado em diversos bairros da Grande Vitória na noite desta terça-feira (31).
O ato de protesto foi feito durante pronunciamento do presidente em rede nacional a respeito da situação do país diante da pandemia do coronavírus.
Esta não é a primeira vez que a população capixaba vai até as janelas para bater panelas contra Bolsonaro. O primeiro panelaço foi registrado no dia 18 de março. Nas últimas semanas, novas manifestações foram registradas no Espírito Santo e em outros estados do país.
Os protestos desta terça-feira começaram às 20h30, quando o presidente deu início ao discurso. Nos vídeos encaminhados pelos leitores de A Gazeta, moradores gritam #ForaBolsonaro. Em alguns bairros houve até mesmo fogos de artifício.
Alguns capixabas saíram em defesa do presidente durante a manifestação, gritando "Mito". A palavra é usada por eleitores de Bolsonaro para se referir a ele. A hashtag #panelacocontrabolsonaro ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.
Durante pronunciamento, Bolsonaro citou novamente um trecho da fala do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre a situação de trabalhadores informais durante a pandemia de coronavírus.
A fala do dirigente já tinha sido citada, fora de contexto, pelo presidente durante entrevista em frente do Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira (31).
Em sua fala, Bolsonaro mais uma vez omitiu a parte do discurso em que o diretor da Organização Mundial de Saúde afirma que governos de todo o mundo precisam garantir assistência a pessoas mais vulneráveis durante o período de isolamento recomendado pela OMS.
Diferente do último pronunciamento, quando se posicionou claramente contra o isolamento, Bolsonaro admitiu, pela primeira vez, que não existe vacina ou remédios eficazes contra o vírus. Ele também afirmou que é preciso se empenhar ao máximo para preservar "vidas e empregos".
O Brasil já registra 201 mortes e 5.717 casos confirmados da Covid-19. As últimas 24 horas foram as que registraram o maior número de pessoas mortas pelo coronavírus no país. O aumento foi de 42 mortes.
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