Um deque para receber turistas de barcos é a novidade das Paneleiras de Goiabeiras, em Vitória. O local passou por uma obra de urbanização no valor de R$ 500 mil. O dinheiro foi investido por uma faculdade particular em uma parceria com a Prefeitura da Capital.
De acordo com o responsável pelo projeto, o gestor da faculdade, Álvaro Milleri, a área também ganhou drenagem, pavimentação, iluminação, plantio de árvores e recolocação de postes.
Com as modificações, as paneleiras ganharam um espaço adequado para a sua produção, com muito mais conforto. Também será possível, a partir de agora, que turistas e visitantes acompanhem melhor a etapa dessa atividade tão típica dos capixabas, comentou o gestor da Multivix.
As intervenções vão proporcionar melhores condições de trabalho, segundo a presidente da Associação das Paneleiras, Berenice Correia Nascimento. Antes era um local muito simples. Agora vamos ter outra visibilidade. Vamos ter que nos adaptar. Espero que venham mais turistas para cá.
Com o deque, os turistas podem conhecer a fabricação das panelas de barro e depois ir de barco até à Ilha das Caieiras experimentar a moqueca capixaba. Nós criamos o ambiente e agora as iniciativas privadas podem proporcionar esse passeio turstítico pelo manguezal, comentou o diretor da Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV), Leonardo Krohling.
Mas para garantir um passeio divertido por um dos principais pontos turísticos do Espírito Santo é preciso ter segurança. Berenice contou que as paneleiras não tem aberto aos domingos por conta do medo da violência. Tem acontecido assaltos aqui no bairro e vemos o tráfico de drogas. A gente fica com medo pela gente e pelos turistas, pontuou.
Sobre a insegurança, Krohling disse que a prefeitura não tem identificado esse problema no local. Temos a Guarda Municipal passando regularmente e a Polícia Militar também.
Krohling explicou que a iniciativa foi uma compensação urbanística que a Multivix precisou fazer depois da expansão da faculdade. De acordo com ele, o projeto foi dialogado e aprovado pelas paneleiras. No entanto, apesar do novo local, os queimadores profissionais que fazem a queima da panela não estão satisfeitos com a mudança.
As fogueiras vão ficar muito emboladas porque o espaço é apertado. Uma pessoa vai acertar a vara em cima da outra na hora de virar a panela no fogo, comentou uma queimadora, que preferiu não se identificar.
Mas, de acordo com o diretor da CDV, o dia a dia vai mostrar como será o uso do local que pode receber novas mudanças. Como pegamos bastante opinião das paneleiras, acredito que não teremos problemas, disse.
Segundo Krohling, a inauguração do novo espaço está marcada para acontecer no próximo dia 1º de setembro.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta