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Parte de teto de hospital cede em Vila Velha

Parte de teto de hospital cede em Vila Velha

"Foi uma correria danada para tirar os pacientes lá de dentro, paciente com respirador, caindo água, caindo tudo em cima", comenta funcionário

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 21:04

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Antônio Bezerra de Faria: teto cedeu e hospital ficou alagado em Vila Velha. (Reprodução)

Parte do teto do Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, cedeu na tarde desta terça-feira (5), e alagou parte da unidade de saúde. Após uma manutenção no cano de uma das caixas d'água, ao fechar o registro, a tubulação não aguentou a pressão e estourou, de acordo com o subsecretário Estadual de Assistência em Saúde, Fabiano Ribeiro dos Santos.

O funcionário e membro do Conselho Gestor do hospital, Luiz Carlos Mariz, também afirmou que um cano rompeu, que vinha da caixa d'água que abastece a local, e os registros não funcionavam.

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"Foi uma correria danada para tirar os pacientes lá de dentro, paciente com respirador, caindo água, caindo tudo em cima. E vai cair mais gesso. Onde estiver água no gesso vai cair tudo", alertou. 

Parte de teto de hospital cede em Vila Velha

Ao Gazeta Online, uma testemunha chegou a informar que cerca de dez pacientes que estavam na UTI foram atingidos, além dos equipamentos do setor.

Parte do teto cai na UTI do Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha. (Internauta | Gazeta Online)

De acordo com Luiz, os pacientes precisaram ser removidos rapidamente do setor. Alguns foram alocados no corredor e para outras áreas do hospital. Um ambulância do Samu que chegou para deixar um paciente no local teve que ir para outra unidade de saúde. Na recepção foi informado que o hospital vai receber, por enquanto, somente vítimas graves. 

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A professora Nilcea Silva, de 40 anos, ficou prejudicada com o ocorrido e não pode visitar o pai que passou por um procedimento cirúrgico. "Não posso vê-lo por conta do susto. O teto da UTI desabou em cima dos pacientes, junto com muita água, as pessoas todas em pânico, pacientes graves da UTI na maca sendo retirados. Meu pai precisava ir para a UTI e agora não tem como mais”, disse. 

A professora Nilcea Silva, de 40 anos, não pode ver o pai que passou por uma cirurgia . (José Carlos Schaeffer)

A lavradora Sueli Cardoso, de 38 anos, estava com o pai, quando a água começou a sair pelas lâmpadas. "Eu até avisei que ia cair água no meu pai. Começou a cair água em cima dos pacientes e eu pedindo pra tirar o meu pai. Depois o gesso foi encharcando e eu pedi novamente pra tirar o meu pai, mas ela (funcionária) falou que não ia cair".

Sueli Cardoso, 38, lavradora, estava com o pai no CTI. (José Carlos Schaeffer)

Apesar das afirmações de que a água atingiu os pacientes, e que as visitas foram suspensas na unidade de saúde, o subsecretário Estadual de Assistência em Saúde, Fabiano Ribeiro dos Santos, nega. Segundo ele, somente o corredor da UTI foi atingido e que os sete pacientes foram remanejados, sendo quatro para o Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, e três permanecem no Antônio Bezerra, em uma sala de instabilização. As visitas, de acordo com Fabiano, estão mantidas. 

"A preocupação agora é com o rompimento. Agora a gente precisa organizar essa questão e restabelecer a água", pontuou o subsecretário. A ala atingida foi interditada e o prazo para o funcionamento é de 24 horas, segundo Fabiano. 

A Defesa Civil foi acionada. 

VÍDEOS

MANUTENÇÃO

Apesar da fala do subsecretário, em afirmar que estava acontecendo uma manutenção quando ocorreu o alagamento, a diretora do Sindicato dos Servidores da Saúde no Estado do Espírito Santo (Sindsaúde-ES), Rita Deboni, alegou que não estava ciente.

"Ninguém citou, em nenhum momento, a manutenção. Essa fala não veio de nenhum funcionário. Mas eu acredito que seja mais por falta de manutenção mesmo, porque o nosso hospital é bem ativo e com problemas de estruturas enormes, de forma geral", disse. 

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Rita Deboni, assistente social e diretora do Sindisaúde. (José Carlos Schaeffer)

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