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Pastora Juliana Salles fará exame na sexta para saber se está grávida

Pastora Juliana Salles fará exame na sexta para saber se está grávida

Advogada contou que a mãe dos meninos Kauã e Joaquim apresentou enjoos e mal-estar, além de estar com atraso menstrual

Publicado em 11 de julho de 2018 às 13:48

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Pastora deve fazer um exame nesta sexta-feira para saber se está grávida. (Umberto Lemos | InterTV)

A pastora Juliana Salles pode estar grávida. É o que afirma a advogada Milena Freire, que faz parte da junta de defesa do casal de pastores. Segundo Milena, a pastora apresentou mal-estar e enjoos recentemente, além de atraso menstrual, e deve realizar um exame de gravidez nesta sexta-feira (13).

Juliana está presa em Minas Gerais acusada de "conduta omissa" nas mortes dos filhos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves, de 3 anos. Segundo a conclusão do inquérito policial, os irmãos teriam sido estuprados, agredidos e queimados vivos por Georgeval Alves Gonçalves, conhecido como pastor George, que é casado com Juliana. Ele é pai de Joaquim e padrasto de Kauã. O pastor está preso desde 28 de abril, uma semana após o crime, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana II, na Grande Vitória.

De acordo com a advogada, agora com a possibilidade de uma gravidez, a defesa prefere que Juliana não seja transferida para o presídio feminino de Colatina e quer manter a pastora no presídio de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, onde ela está presa desde o dia 20 de junho. Os advogados vão fazer esse pedido formalmente. Isso porque na cidade mineira mora um dos advogados de defesa, Rodrigo Duarte, e há também membros da Igreja Batista Vida e Paz. A pastora liderava o templo de Linhares junto com George. “Em Colatina não há familiares para assessorá-la, já em Teófilo Otoni tem advogados e membros da igreja para suprir necessidades”, alegou.

TRANSFERÊNCIA

Para Milena, não há urgência para a pastora ser transferida para o Espírito Santo. “A gente sabe como funciona transferência prisional, a gente sabe como funciona o sistema, a gente sabe como funciona o processo e pronto. Mas, Juliana estando grávida e ainda não tendo sido designada a audiência, não tem urgência nenhuma de ela ser transferida para Colatina. Então, se realmente ela estiver grávida, nós vamos segurá-la o máximo possível (em Teófilo Otoni) porque lá tem alguém para socorrê-la”, explicou.

Além disso, a advogada contou que apenas a defesa tem visitado e auxiliado a pastora desde que ela foi presa. “Neste momento, ninguém está dando assessoria para ela, quem faz isso somos nós, advogados. Então, como em Teófilo Otoni tem o doutor Rodrigo e fica mais fácil para a gente ter acesso a ela, para nós é interessante a Juliana ficar lá. Se a família ligar para a gente e dizer 'pode deixar ela em Colatina', a gente vai fazer todo o necessário para prestar auxílio a ela’, para a gente não tem problema nenhum. A nossa única preocupação agora é assessorar a Juliana”, ressaltou Milena.

Questionada se a pastora pode cumprir a prisão preventiva em Minas Gerais, já que o crime sobre o qual ela é acusada aconteceu no Espírito Santo, a advogada afirmou que a lei de execução penal determina que o reeducando deve cumprir a pena próximo aos familiares. No entanto, a defesa vai pedir que ela fique em Teófilo Otoni, por uma questão de segurança e proximidade com um advogado. Além disso, os advogados defendem a inocência da pastora.

“Neste caso específico, quando são presos provisórios, eles tendem a manter na comarca onde tramita o processo. Mas nem sempre isso é possível, por vários motivos. Por exemplo, não há presídio feminino em Linhares. Então a Juliana vai para Colatina, que seria o lugar mais próximo. Para facilitar o trâmite processual, ela teria que ficar mais próximo de Linhares nesse primeiro momento. Posteriormente, com uma condenação, ela fica mais perto dos familiares, para facilitar o acesso e prestação de assessoria, visitação etc. Mas nós entendemos que não há justa causa nem para receber a denúncia em relação à Juliana, muito menos ser condenada”, ressaltou Milena.

SEAP

Procurada, a Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais (Seap) informou que a pastora continua detida no presídio de Teófilo Otoni e não há previsão para a transferência. Sobre a suposta gravidez, o órgão mineiro não confirmou a suspeita. "As demais informações são de cunho pessoal do custodiado e a Seap não as divulga", destacou.

ACUSAÇÕES

Juliana foi denunciada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que a acusa por duplo estupro, duplo homicídio e fraude processual. Já George vai responder pelos mesmos crimes e também por tortura. O casal ainda tem um filho de 2 anos que estava com a pastora quando ela foi presa em Teófilo Otoni. o menino chegou a ficar em um abrigo mineiro, mas sua guarda agora está com o avô materno, pai de Juliana, que mora em Linhares.

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