O irmão da gerente de vendas Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, morta na noite desta segunda-feira (29), ao ser atingida por um tiro no pescoço, quando estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago, disse acreditar que os tiros partiram da polícia. Ademar Auer falou com a imprensa na manhã desta terça-feira (30), antes de entrar no Departamento Médico Legal (DML) para reconhecer o corpo da irmã.
"Foi imprudência da polícia, né? Eles metem tiro adoidado sem nem pensar. A polícia está despreparada, foi imprudência", contou emocionado o irmão de Maria da Penha.
Ademar Auer questionou o procedimento adotado pela Polícia Militar no episódio que culminou com a morte da irmã. "A gente não concorda com a ação da polícia, o carro está cheio de marcas de bala, de calibre pesado mesmo", disse Ademar.
MARIDO DE VÍTIMA DIZ QUE QUASE FOI ATINGIDO
O marido de Maria da Penha Schopf Auer, o técnico em eletrônica Giovani Rui de Oliveira, 44, conversou aparentemente calmo com a reportagem, na manhã desta teça-feira (30), como se ainda não tivesse entendido por completo o fato. O homem, vítima do sequestro relâmpago que terminou com a morte de sua esposa, falou sobre o resultado da operação policial e manteve a versão que deu em depoimento no DPJ.
Giovani disse que os assaltantes mandaram os dois saírem do carro, colocaram Maria da Penha no porta-malas do veículo e seguiram com ele no banco de trás, entre dois bandidos, na mira de um revólver e com um canivete no pescoço. Durante todo o trajeto houve ameaças de morte.
O marido ainda relatou que não teve nenhuma oportunidade de avisar sobre a presença de reféns no carro para os policiais. Apenas quando o veículo colidiu com outro é que ele conseguiu sair do carro e pedir socorro, ainda sem saber que a mulher tinha sido atingida. Giovani completou dizendo que se estivesse sentado de maneira normal no carro, também teria sido atingido, porque disparos também acertaram o vidro traseiro.
CLIMA DE TRISTEZA
Um sobrinho de Maria da Penha disse que ela era uma pessoa de bem com a vida, carinhosa, conhecida pela alegria. Alguém que amava a família, e tinha a vida voltada para criar as filhas e cuidar do marido. Também era conhecida pelo perfil trabalhador e empenhado na profissão. Nos fins de semana, ela acostumava se reunir com a mãe e os irmãos, em Carapina, para almoçar
No supermercado onde Maria da Penha Auer trabalhava o clima é de tristeza total. A funcionária de serviços gerais do estabelecimento, Davina Ferreira da Conceição, 57 anos, lembra emocionada da gerente.
"Todo mundo está neutro. Ninguém está conseguindo acreditar no que está acontecendo. A ficha ainda não caiu. Ela era uma ótima pessoa, muito boa com todo mundo, com todos os funcionários", afirma.
A tristeza, segundo Davina, se estende também a frequentadores do supermercado, que compareceram ao local pela manhã. "Há muito cliente chateado com a situação. Muitos vieram aqui hoje, chorando, sentindo a falta dela, da alegria dela", disse.
O TIROTEIO
O tiroteio aconteceu após um sequestro relâmpago no bairro Barcelona, na Serra, por volta das 20 horas desta segunda-feira. Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, gerente de um supermercado em Porto Canoa, e um dos bandidos morreram. Ela estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago junto com o marido, um técnico em Eletrônica, quando deixava o serviço na noite desta segunda-feira.
O casal foi abordado por três criminosos armados, quando fazia o retorno próximo ao posto BKR, na BR 101. Assim que foram rendidos, a mulher foi colocada no porta-malas e o marido, no banco de trás, com uma arma apontada para a cabeça.
No momento em que o casal foi abordado, um policial militar de folga viu a ação dos bandidos, acionou o Ciodes e passou a seguir o carro roubado. As vítimas foram levadas para uma estrada de chão entre os bairros São Marcos e Divinópolis. No local, os bandidos desceram do veículo e pegaram os cartões de banco do marido e as senhas, para sacar dinheiro.
Neste momento, a polícia se aproximou para fazer a abordagem, e foram recebidos a tiros. Os policiais militares revidaram e os bandidos fugiram no Fox, levando as vítimas.
Na Rua Elesbão Miranda, em frente à Escola Djanira Maria de Araújo, no bairro Nossa Senhora da Conceição, foi fechado um cerco aos bandidos, e um novo tiroteio aconteceu. Dois dos bandidos foram feridos, e um conseguiu escapar.
Só então os policiais foram alertados pelo técnico em Eletrônica de que a mulher estava presa no porta-malas. As vítimas foram socorridas para o hospital Dório Silva, e para a UPA de Serra-Sede.
Maria da Penha foi atingida no pescoço, e morreu após dar entrada na UPA de Serra-Sede. No Dório Silva, um dos bandidos morreu. O outro passava por uma cirurgia até o fechamento da edição. Os dois assaltantes feridos são adolescentes. O terceiro, que fugiu, seria maior de idade.
O irmão da gerente de vendas Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, morta na noite desta segunda-feira (29), ao ser atingida por um tiro no pescoço, quando estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago, disse acreditar que os tiros partiram da polícia. Ademar Auer falou com a imprensa na manhã desta terça-feira (30), antes de entrar no Departamento Médico Legal (DML) para reconhecer o corpo da irmã.
"Foi imprudência da polícia, né? Eles metem tiro adoidado sem nem pensar. A polícia está despreparada, foi imprudência", contou emocionado o irmão de Maria da Penha.
Ademar Auer questionou o procedimento adotado pela Polícia Militar no episódio que culminou com a morte da irmã. "A gente não concorda com a ação da polícia, o carro está cheio de marcas de bala, de calibre pesado mesmo", disse Ademar.
Marido de vítima diz que quase foi atingido
O marido de Maria da Penha Schopf Auer, o técnico em eletrônica Giovani Rui de Oliveira, 44, conversou aparentemente calmo com a reportagem, na manhã desta teça-feira (30), como se ainda não tivesse entendido por completo o fato. O homem, vítima do sequestro relâmpago que terminou com a morte de sua esposa, falou sobre o resultado da operação policial e manteve a versão que deu em depoimento no DPJ.
Giovani disse que os assaltantes mandaram os dois saírem do carro, colocaram Maria da Penha no porta-malas do veículo e seguiram com ele no banco de trás, entre dois bandidos, na mira de um revólver e com um canivete no pescoço. Durante todo o trajeto houve ameaças de morte.
O marido ainda relatou que não teve nenhuma oportunidade de avisar sobre a presença de reféns no carro para os policiais. Apenas quando o veículo colidiu com outro é que ele conseguiu sair do carro e pedir socorro, ainda sem saber que a mulher tinha sido atingida. Giovani completou dizendo que se estivesse sentado de maneira normal no carro, também teria sido atingido, porque disparos também acertaram o vidro traseiro.
Clima de tristeza
Um sobrinho de Maria da Penha disse que ela era uma pessoa de bem com a vida, carinhosa, conhecida pela alegria. Alguém que amava a família, e tinha a vida voltada para criar as filhas e cuidar do marido. Também era conhecida pelo perfil trabalhador e empenhado na profissão. Nos fins de semana, ela acostumava se reunir com a mãe e os irmãos, em Carapina, para almoçar
No supermercado onde Maria da Penha Auer trabalhava o clima é de tristeza total. A funcionária de serviços gerais do estabelecimento, Davina Ferreira da Conceição, 57 anos, lembra emocionada da gerente.
"Todo mundo está neutro. Ninguém está conseguindo acreditar no que está acontecendo. A ficha ainda não caiu. Ela era uma ótima pessoa, muito boa com todo mundo, com todos os funcionários", afirma.
A tristeza, segundo Davina, se estende também a frequentadores do supermercado, que compareceram ao local pela manhã. "Há muito cliente chateado com a situação. Muitos vieram aqui hoje, chorando, sentindo a falta dela, da alegria dela", disse.
O tiroteio
O tiroteio aconteceu após um sequestro relâmpago no bairro Barcelona, na Serra, por volta das 20 horas desta segunda-feira. Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, gerente de um supermercado em Porto Canoa, e um dos bandidos morreram. Ela estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago junto com o marido, um técnico em Eletrônica, quando deixava o serviço na noite desta segunda-feira.
O casal foi abordado por três criminosos armados, quando fazia o retorno próximo ao posto BKR, na BR 101. Assim que foram rendidos, a mulher foi colocada no porta-malas e o marido, no banco de trás, com uma arma apontada para a cabeça.
No momento em que o casal foi abordado, um policial militar de folga viu a ação dos bandidos, acionou o Ciodes e passou a seguir o carro roubado. As vítimas foram levadas para uma estrada de chão entre os bairros São Marcos e Divinópolis. No local, os bandidos desceram do veículo e pegaram os cartões de banco do marido e as senhas, para sacar dinheiro.
Neste momento, a polícia se aproximou para fazer a abordagem, e foram recebidos a tiros. Os policiais militares revidaram e os bandidos fugiram no Fox, levando as vítimas.
Na Rua Elesbão Miranda, em frente à Escola Djanira Maria de Araújo, no bairro Nossa Senhora da Conceição, foi fechado um cerco aos bandidos, e um novo tiroteio aconteceu. Dois dos bandidos foram feridos, e um conseguiu escapar.
Só então os policiais foram alertados pelo técnico em Eletrônica de que a mulher estava presa no porta-malas. As vítimas foram socorridas para o hospital Dório Silva, e para a UPA de Serra-Sede.
Maria da Penha foi atingida no pescoço, e morreu após dar entrada na UPA de Serra-Sede. No Dório Silva, um dos bandidos morreu. O outro passava por uma cirurgia até o fechamento da edição. Os dois assaltantes feridos são adolescentes. O terceiro, que fugiu, seria maior de idade.
Polícias Civil e Militar vão investigar o caso
Comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, na Serra, coronel Nylton Rodrigues, garantiu que a ação que resultou na morte da gerente de supermercado Maria da Penha Schopf Auer e de um dos assaltantes além de ter ferido outro, gravemente será apurada não só pela Polícia Civil, mas também pela própria instituição militar, por meio de sua Corregedoria.
A Corregedoria vai abrir um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do fato. A perícia está no local, e todos os dados da ocorrência serão entregues à Polícia Civil, disse o coronel.
Ele explicou que dois revólveres calibre 38, com munição deflagrada, foram apreendidos no local do crime. E que as armas dos policiais também foram recolhidas para comparação balística.
O coronel disse que a orientação padrão dada na instrução de tiro fornecida pela Polícia Militar do Espírito Santo é pela preservação da vida, com base no Método Girald conjunto de técnicas e normas criado por Nilson Giraldi.
Em linhas gerais, o método consiste na não realização do disparo quando ele puder causar risco a vítimas. Nilton Rodrigues, porém, não quis tecer considerações sobre o que teria acontecido ontem à noite, na Serra.
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