O feriado da Semana Santa receberá reforço no policiamento com a realização de operações em alguns bairros e regiões da Grande Vitória. Quem garante é o novo comandante da Polícia Militar, coronel Douglas Caus. É o início da "caçada à criminalidade", prometida por ele e também pelo novo secretário de Segurança, Alexandre Ramalho.
Será o primeiro desafio da corporação após o último final de semana violento, quando foram registradas pelo menos 13 assassinatos. Um número que se destaca após um mês de março que também apresentou estatísticas alarmantes, com 143 assassinatos. O maior registro desde a greve dos policiais militares, em 2017.
De acordo com o coronel Caus, já havia um planejamento para a data que será agora reforçado com algumas operações pontuais em regiões que foram elencadas como importantes por se destacarem pelo elevado número de homicídios e de atuação do tráfico.
"Vão ser ações determinadas por nossas estatísticas, análises criminais, direcionadas, que visam a prisão de traficantes e homicidas. Algumas destas operações vão dar um plus no que já estava planejado", assinalou.
Nesta quarta-feira (08) foi realizada uma grande operação em todo o Estado, que já havia sido planejada pela Polícia Civil, e que contou com o apoio da PM. "Realizamos um policiamento de saturação visando manter a ordem pública, com o apoio da 21 rádio-patrulhas, efetivo de 60 homens. Um modelo que vai funcionar, com efetivo um pouco menor, em áreas pontuais. O modelo de operação a ser adotado vai depender do que encontrarmos, das demandas. Nosso objetivo será a prisão de traficantes e de homicidas nos próximos dias", garantiu o comandante.
Segundo Caus, o Estado estará presente nas ruas. "Pode ter certeza, diante de qualquer demanda, vamos atuar fortemente. Em qualquer conflito que mereça uma ocupação previa ou momentânea, vamos fazer. Quem manda em via pública é o Estado e ele vai ser fazer presente. E falo, principalmente, sobre o aspecto da segurança, do policiamento", garantiu.
O comandante não detalhou como será atuação dos policiais com o argumento de ser estratégico, mas informou que toda ação será instigada pela necessidade que se apresentar.
"Seja no Bairro da Penha (onde já ocorreu uma intervenção da PM) ou em qualquer outra comunidade, temos um olhar focado buscando entender a dinâmica da criminalidade, como se relacionam com outros bairros, o fluxo de armas e drogas, a criminalidade no entorno. E temos um leque grande de opções de emprego de tropa: saturação, cumprimento de mandado de prisão e apreensão, grandes operações, intervenção, blitz, dentre outras. O que vai nortear é o momento, o cenário", disse.
O novo secretário de Segurança, Alexandre Ramalho, também defende a presença dos policiais militares, em viaturas, com giroflex ligado, em alguns pontos da cidade. "Neste momento da pandemia estamos utilizando parte dos policiais que atuam na área administrativa e da companhia escolar, uma vez que não está tendo aulas. Eles foram remanejados. Já estão protegendo o comércio", destaca.
Uma função importante por dar à população sensação de segurança, segundo Ramalho. "Ela também inibe a ação do infrator, que é covarde, e quando vê a polícia, foge. Por isto defendo a presença ostensiva, com colete refletivo. Às vezes só a presença, sem tiros ou mandados de prisão, já inibe o criminoso", pondera.
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