A Polícia Federal está investigando uma ameaça de ataque à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Prints de mensagens supostamente postadas em um fórum da deep web, mostram ameaças de morte, e autor diz que vai "matar o máximo de esquerdistas, feministas, 'viados' (sic) e negros que encontrar pela frente", na próxima quarta-feira (19). As imagens viralizaram nas redes sociais.
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Mensagens do fórum ainda pediam que "cidadãos de bem que, afim de saírem ilesos, não frequentem o ambiente nesse dia". Em outras imagens, é possível ver a foto de uma arma e a passarela da universidade.
Acionada pelo Gazeta Online, a Polícia Federal informou estar ciente das ameaças, mas que não comenta investigações em andamento.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que já tomou conhecimento das postagens, encaminhou todo o material à Polícia Federal e se colocou à disposição para auxiliar nas apurações.
Ao ficar ciente do caso, a Administração Central da Ufes acionou imediatamente a Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo, o Núcleo da Polícia Militar na Ufes e a Gerência de Segurança e Logística da Universidade, que já estão adotando todas as providências cabíveis. "A Administração Central da Ufes reforça que as autoridades policiais também estão atuando para apurar o caso e atuar de forma preventiva", finalizou.
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MEDO
As mensagens viralizadas nas redes sociais assustaram muitos alunos da universidade, que é o caso de um estudante de Física, de 23 anos, que prefere não se identificar. Ele afirma que todos os alunos estão com muito medo e há uma tensão muito grande. "A gente está com medo, a sensação é de quase pânico, mas eu tenho um trabalho muito importante, que é o trabalho que vai definir a minha aprovação na disciplina. Está marcado há muito tempo, mas a gente vem com medo e isso pode até nos prejudicar nas avaliações que vão acontecer amanhã (quarta)", disse.
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Já uma estudante de Educação Física disse que também ficou sabendo do ataque por meio do WhatsApp. Ela afirmou que os alunos estão se organizando para não ficarem aglomerados em somente um espaço. "Para não sofrer com esse ataque, a gente precisa vir para a universidade. A gente se organizou de não ir para locais que ficam muito cheios, porque eles procuram lugares que têm muita gente. Então que a gente decidiu foi não ir para restaurante ou não ficar aglomerado".
Um aluno de ciências biológicas, de 23 anos, que também preferiu não se identificar, contou que o momento é delicado. "É triste a situação, mas a gente como aluno, como cidadão, a gente não pode deixar de ir para a universidade, até porque eu tenho uma prova amanhã e isso é muito importante para mim".
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