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Policial leva bola de futebol de presente para criança em Vila Velha

Policial leva bola de futebol de presente para criança em Vila Velha

Uma ação de patrulhamento, realizada no último sábado (15), em uma zona que o agente Marcos Vinícius Gama classificou como de “violência e tráfico intenso”, fez com que o soldado quisesse mostrar um lado diferente da atividade policial

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 09:27

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Policial militar presenteia criança de Soteco com uma bola de futebol. (Soldado Resende | PM)

Em meio às operações de rotina no morro do bairro Soteco, em Vila Velha, o olhar de uma criança chamou a atenção de um agente da Polícia Militar, que decidiu retribuir com um presente. A ação de patrulhamento, realizada no último sábado (15), em uma zona que  Marcos Vinícius Gama classificou como de “violência e tráfico intenso”, fez com que o soldado quisesse mostrar um lado diferente da atividade policial.

Segundo ele, a polícia é vista como uma corporação pronta para repreender. “As crianças geralmente enxergam essa repressão, não veem a Polícia que brinca. No sábado estávamos diante de dois suspeitos e fomos fazer a abordagem. Mas me chamou a atenção o olhar de um menino,  bem atento, parecia tanto admirado quanto com medo, então quis me aproximar e tirar o medo dele. Ele é o Miguel, de quatro anos, e brincava com uma bola de futebol que estava murcha”, contou.

“Perguntei o que tinha acontecido e ele respondeu: ‘Tio, a bola está murcha porque minha mãe achou ela assim e eu só tenho ela’. Naquele momento me senti no dever moral de presenteá-lo e também de mostrar que um policial pode ser amigo. Prometi então que no próximo serviço levaria uma bola para ele. Foi aí que voltei na última quinta-feira (20)”.

A REAÇÃO

Policial militar presenteia criança de Soteco com uma bola de futebol. (Soldado Resende | PM)

Ao chegar com a sacola, Gama ouviu um grito de alegria dizendo “ah, uma bola dura”. “Me desmontou e me deixou motivado por ter plantado uma semente no coração dele. Ele está acostumado a ver coisas ruins e também a ver a polícia que combate. Talvez agora ele tenha um pensamento diferente sobre nós”, disse.

“Eu senti uma mistura de emoções e me senti privilegiado de ter tido aquele momento, de poder contribuir para a vida de uma criança. Sempre que possível pretendo repetir. Foi um ato simples, o valor financeiro da bola é irrisório, mas vou carregar para a minha vida aquele sorriso sincero, isso não tem nada que pague”.

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