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Ponto a ponto: o que os rodoviários do ES pedem e o que as empresas oferecem

Ponto a ponto: o que os rodoviários do ES pedem e o que as empresas oferecem

Principal motivo da greve de ônibus  é a briga entre rodoviários e empresas por causa do reajuste no salário. Porém, outros pedidos também ajudaram na decisão de paralisar as atividades na próxima segunda-feira (02)

Publicado em 29 de novembro de 2019 às 18:13

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Após impasse no reajuste salarial, rodoviários anunciaram greve nesta segunda-feira (02). Eles garantem que 30% da frota vai circular. (Carlos Alberto Silva)

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários) já anunciou que vai entrar em greve nesta segunda-feira (2). A decisão se deve principalmente a problemas na negociação do reajuste de salário com as empresas. O aumento oferecido foi de 2,54%, mas os rodoviários pedem 10%.

A previsão dos rodoviários é que 30% da frota dos ônibus circule nesta segunda, conforme manda a lei. Porém, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) entrou com um pedido de liminar para que 100% -  ou pelo menos 90% dos coletivos - estejam nas ruas no horário de pico e 70%  nos demais horários. Para tentar resolver esse impasse, a Justiça marcou uma audiência de conciliação com rodoviários e empresas nesta sexta-feira (29).

Apesar da briga do valor do reajuste ser o principal motivo da greve, outras reivindicações também contribuíram para a paralisação das atividades dos ônibus. A Gazeta fez um ponto a ponto do que querem os rodoviários e o que oferecem as empresas. Confira:

REAJUSTE DE SALÁRIO

Os rodoviários pediram um reajuste de 10% no salário para 2020. Já as empresas, ofereceram o aumento de 2,54% em cima do salário, ticket alimentação e plano de saúde. A GVBus alega que o valor está "fora da realidade", tendo em vista a inflação acumulada no período (2,54%). 

JORNADA DE TRABALHO

Os rodoviários pedem que a jornada de trabalho seja reduzida para 6 horas. Hoje em dia, motoristas e cobradores trabalham 7 horas e 20 minutos, durante seis dias da semana. A GVBus disse que não discute redução de jornada de trabalho.

CRIAÇÃO DA FUNÇÃO AUXILIAR DE BORDO

Os rodoviários pedem que seja criado o posto de "auxiliar de bordo para motoristas". De acordo com o Sindicato, é uma forma de garantir a utilização do cobrador em outras funções no caso de ônibus que não possuem mais cobradores. A GVBus diz que não discute a criação desta função.

A circulação de ônibus sem cobradores foi, inclusive, o motivo da greve dos rodoviários em agosto deste ano.  A frota de ônibus ficou reduzida durante dois dias na Grande Vitória, gerando diversos transtornos. A greve terminou após negociação com o governo, que garantiu cursos de qualificação para cobradores, além de realocação da função e outras propostas.

MUDANÇA DA DATA BASE

A data base é quando acontece as negociações de reajuste de salário dos empregados. Os rodoviários querem que a data base, que hoje é em novembro, seja mudada para maio. Eles alegam que isso daria a eles a chance de realizar uma negociação mais justa em realização à inflação e também ao preço das passagens, que aumenta em dezembro. A GVBus diz que não discute mudança da data base para qualquer outra data.

PLANO DE SAÚDE

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Os rodoviários querem que o plano de saúde seja pago integralmente pela empresa. Atualmente, o plano funciona de forma participativa e o trabalhador arca com uma parte do plano. A GVBus ofereceu um reajuste de 2,5% no valor pago pelas empresas na parte do plano de saúde.  

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