> >
População faz fila e acaba com estoque de botijas de gás em meia hora

População faz fila e acaba com estoque de botijas de gás em meia hora

Mais pessoas em casa e medo de desabastecimento têm provocado uma corrida às revendedoras em Vitória e outros locais. Petrobras garante que importação de GLP resolverá a situação

Publicado em 11 de abril de 2020 às 13:05

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Com botijas vazias, moradores da Grande São Pedro tentam comprar gás neste sábado (11)
Com botijas vazias, moradores da Grande São Pedro tentam comprar gás neste sábado (11). (Internauta)

Com mais pessoas em casa por conta da recomendação para que evitem ir às ruas desnecessariamente em decorrência da pandemia de coronavírus, o consumo de gás de cozinha aumentou nos últimos dias e tem provocado uma corrida às revendedoras em muitos municípios.

Neste sábado (11), em menos de trinta minutos, o estoque de 100 botijas recebidas por uma distribuidora na Grande São Pedro, em Vitória, se esgotou, sendo insuficiente para atender a longa fila de pessoas que aguardavam do lado de fora do estabelecimento.

A esposa do proprietário do local, Luana Bessa, explicou que, além da aumento do consumo domiciliar de gás, as pessoas estão comprando mais de uma botija, com o receio que falte o produto. 

"Temos observado essa situação. As pessoas estão com medo de ficar sem gás, mas isso não está acontecendo. Ocorre que diminuiu a quantidade de botija que normalmente recebemos aqui. Em dias normais, vendemos cerca de 120 botijas. Hoje recebemos 100 e vendemos rapidamente. Muitos chegam com duas ou mais botijas vazias, mas estamos limitando a uma por cliente para evitar que mais pessoas fiquem sem gás. Se uma pessoa tem duas, outra pode ficar sem", disse a representante da Bessa Gás, localizada na Rua Augusto Teixeira, em São Pedro.

A situação encontrada na revendedora se repetiu em outros estabelecimentos da região. Luana garante que, ainda assim, não ocorre desabastecimento e pede que a população evite comprar mais de uma botija.

"Aqui na região todas as revendas estão na mesma situação. O gás chega e acaba rápido. Muitos se identificam como representantes de restaurantes e por isso precisam de mais gás. Ontem (sexta-feira) não vendemos porque era feriado e não chegou botija. No domingo (12) também não funcionaremos porque não teremos também, mas já na segunda receberemos uma nova quantidade. É preciso que as pessoas tenham prudência e pensem coletivamente, pois está difícil para todos", disse Luana.

Embora a procura tenha crescido, a empresária salientou que o preço do gás segue inalterado. Para quem compra no local, o valor é de R$ 70,00. Para quem pede por telefone, a botija de 13 quilos sai a R$ 75,00.

PETROBRAS

A Petrobras afirmou que, no caso do GLP, está compensando a elevação do consumo com a importação do produto. Dois dos três navios já chegaram ao Porto de Santos e outro deve atracar no país nos próximos dias para atender à demanda. A empresa ainda ressaltou, em nota, que as entregas do gás estão garantidas e que não há  necessidade dos consumidores estocarem botijões.

Botija de gás
A procura de botijas de gás de 13 quilos cresceu significamente nos últimos dias. (Divulgação)

O primeiro navio, com capacidade adicional de 20 milhões de quilos de GLP (equivalente a 1,6 milhão de botijões P13), chegou ao Porto de Santos (SP) no dia 30 de março.

Este vídeo pode te interessar

Segundo a Petrobras, no mês de março, as vendas de GLP (gás de cozinha) totalizaram 615 mil toneladas em todo o Brasil, 8 mil toneladas acima da quantidade inicialmente acordada com as distribuidoras. A empresa afirma ainda que a procura pelo GLP aumentou na contramão dos demais combustíveis, como gasolina e o diesel, que sofreram grande queda nas vendas.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais