Após fracasso no primeiro certame, onde nenhuma empresa demonstrou interesse em participar da licitação de sete quiosques na Curva da Jurema, a Prefeitura de Vitória informou que vai apresentar o edital para possíveis interessados afim de atrair grupos para a concessão dos estabelecimentos. A informação foi passada pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento, Inovação e Turismo de Vitória (CDV), Leonardo Krohling.
Conforme adiantado pela coluna Leonel Ximenes do jornal A Gazeta, nenhuma empresa demonstrou interesse em participar da licitação dos sete quiosques da Curva da Jurema, uma das praias mais movimentadas da capital. O modelo de concessão proposto no edital é de administração por uma única empresa, o mesmo formato adotado nos quiosques de Camburi.
O edital, sem alterações, será publicado novamente no dia 22 de abril, com a abertura das propostas marcada para o dia 22 de maio. Neste meio tempo, Krohling afirmou que o projeto será apresentado a potenciais administradores dos quiosques para uma maior participação no segundo certame. Vamos buscar apresentar para grupos que trabalham com gestão de restaurante, gestão de equipamentos neste sentido para ver se a gente consegue ter uma participação maior durante a licitação. O local com certeza é um dos mais atrativos de Vitória para se colocar bar e restaurante, disse.
O presidente da Companhia afirmou que um fator importante para as conversas com os grupos será o engordamento da faixa de areia, previsto para ser feito na orla da praia até o verão. A Curva da Jurema vai passar agora por engordamento de areia, vai ganhar vários metros de areia e com isso consegue aumentar o publico que frequenta aquela praia. A gente vai usar isso para tentar atrair pessoas para que participem do edital, destacou.
De acordo com o primeiro edital, a empresa vencedora faria a gestão de sete quiosques (1, 2, 3, 4, 5, 8 e 12) pelos próximos 12 meses, podendo o prazo ser prorrogado por até 36 meses. O valor mínimo da oferta para o uso dos espaços será de R$ 12.240,00 mensais para o pagamento do aluguel dos espaços.
Quiosqueiros cogitaram participação
O presidente da Associação dos Comerciantes da Curva da Jurema, Paulo Aires, afirmou que os proprietários pensaram em, através da criação de uma empresa, participar da licitação. Mas, recuaram após analisar as propostas do edital.
Depois que eu vi o edital eu não tive coragem de participar. Achei bem arriscado, é um tempo curto para um investimento muito alto. Não me senti seguro em participar e achei pouco provável que alguém fosse participar, como o que aconteceu, disse.
Paulo também critica a falta de diálogo com a Prefeitura de Vitória. Ele afirma que falta incentivo por parte da administração municipal para fomentar o turismo na região.
A prefeitura não tem diálogo nenhum com a gente. Tem dois anos que estamos vivendo as nossas próprias custas quanto a investimentos, atrativos. Somos nós que temos que correr atrás. A prefeitura não tem nos ajudado neste aspecto não, reclamou.
Atualmente, a Curva da Jurema conta com 17 quiosques. Destes, 10 possuem contrato com a prefeitura e não seriam contemplados pela licitação.
Questionado, o presidente da CDV afirmou que a prefeitura tem realizado capacitações junto com quiosqueiros da Curva da Jurema desde 2013. Disse ainda que técnicos visitam o local regularmente para o atendimento de demandas, e que a prefeitura e a CDV estão sempre abertas para diálogo.
Entrega de quiosques em Camburi
Leonardo Krohling também atualizou a situação e prazos para reforma e entrega dos quiosques na orla da Praia de Camburi. O K1, que inicialmente seria entregue em dezembro de 2018, agora tem previsão de ser inaugurado no mês de maio. Já o K7 entrou em reformas nesta semana e, segundo Krohling, deve passar por intervenções nos próximos 60 dias. Os outros cinco quiosques que ficam entre a região de Jardim da Penha e Mata da Praia estão em funcionamento.
Já na região de Jardim Camburi, os sete quiosques do local vão passar por intervenções. O projeto para as reformas já foi aprovado pela prefeitura e agora depende de aprovação da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para que as obras sejam liberadas. Segundo Krohling, a previsão é de que isso aconteça no mês de junho, a princípio, em três unidades que estão desocupadas, com prazo para conclusão de 90 dias. Os outros quatro quiosques, que estão em funcionamento, receberão as intervenções após a conclusão das reformas dos primeiros.
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