A explosão de fogos de artifício durante a virada de ano na última terça-feira (31) não foi a primeira polêmica envolvendo o Quiosque do Vitalino, na Praia de Itaparica, em Vila Velha. A Prefeitura de Vila Velha multou o estabelecimento após o acidente, mas o dono do quiosque, Bruno Vitalino, nega ter contratado show de pirotecnia.
Em janeiro de 2018, Vitalino foi um dos responsáveis pelo Orla Folia, uma espécie de micareta na orla de Itaparica. O evento previa a apresentação da banda Araketu, que não apareceu. Isso teria irritado foliões, que entraram em confronto com a Polícia Militar.
Na época, apesar de a Prefeitura de Vila Velha ter autorizado a realização do show, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e a Polícia Militar foram contrários à liberação do evento. O MP entendeu que não era crível que o bem de uso comum do povo venha a ser privatizado para atender a um determinado interesse econômico em detrimento da coletividade e ingressou com uma ação pedindo o cancelamento do evento, o que não foi atendido pela Justiça.
A confusão durante o Orla Folia começou quando foi anunciado que a banda Araketu não iria se apresentar. A banda alegou que não teve acerto com o contratante e nem havia recebido nenhum depósito feito em sua conta. Vitalino contestou a banda e disse que o depósito foi realizado. O próprio empresário disse que cerca de 150 mil pessoas compareceram à Avenida Estudante José Júlio de Souza, na Orla de Itaparica.
De acordo com a Polícia Militar, ao saber que o Araketu não iria tocar, os populares jogaram pedras e garrafas contra viaturas que estavam no local e a polícia usou bombas de gás e balas de borracha na tentativa de conter a confusão.
Em entrevista ao jornal A Gazeta, Bruno afirmou, na época, que a confusão não foi iniciada pelos foliões. Uma moradora de um prédio na orla atirou uma garrafa lá de cima em um dos foliões. A PM julgou que era uma briga e iniciou a ação, disse a época.
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