ATUALIZAÇÃO: após sequência de reuniões, Sindirodoviários descarta greve.
Mais uma reunião de negociação entre rodoviários e empresas de ônibus terminou sem acordo final. As duas partes se encontraram no início da tarde desta terça-feira (03), no Ministério Público do Trabalho (MPT) do Espírito Santo, em Vitória. Assim, a decisão sobre a realização da greve ficará para esta quarta-feira (4), quando será realizado um último encontro entre categoria e empresários.
Ao todo, serão três dias de negociações, definidos em audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Espírito Santo, na última sexta-feira (29). Participam das reuniões, representantes do Sindirodoviários (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo) e do GVBus (Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória).
Nesta quarta-feira (4), a reunião no MPT será às 8 horas. Logo depois, às 10h30, os rodoviários farão uma assembleia para decidir se irá, ou não, fazer a greve. Inicialmente, a paralisação estava prevista para começar nesta segunda-feira (2), conforme edital publicado no último dia 28 de novembro. Após a audiência de conciliação da semana passada, porém, a paralisação foi suspensa.
A reunião começou por volta das 13h30 e durou aproximadamente duas horas. Ao término, o diretor do GVBus, Elias Baltazar, afirmou que não há número definidos e que aguarda a proposta da categoria. Do outro lado, o presidente do Sindirodoviários, José Carlos Sales, afirmou estar negociando e tentando chegar a um acordo, em respeito à classe e à população.
Conforme consta na ata oficial da audiência, o GVBus sinalizou um reajuste salarial de 2,54% (seguindo a inflação), um reajuste de 2,9% no valor pago de ticket alimentação (0,4% maior que o proposto inicialmente) e a formalização de clausula para utilização de carro extra em horário de pico, conforme pedido pela Justiça.
Ainda durante a reunião desta tarde, o sindicato disse não negociar a mudança da data-base, por causa da atual situação financeira das empresas de transporte e dos consequentes impactos financeiros. A princípio, os rodoviários pediam que a data-base fosse em maio; e a Justiça depois propôs que fosse em agosto. No entanto, ela continuará em novembro.
Mediadora dessas duas reuniões, a procuradora do trabalho Maria de Lourdes Hora Rocha permanece confiante em um consenso. "As partes parecerem dispostas a chegar em um acordo. Ao menos, esta é a impressão que os representantes passaram durante esses nossos encontros", afirmou.
Até a semana passada, os rodoviários tinham cinco reivindicações:
Em reação, os empresários entraram com uma liminar na Justiça, pedindo que, pelo menos, 90% da frota circulasse durante a greve. À época, o GVBus afirmou não discutir a data-base, a jornada de trabalho e a criação do cargo - postura que permanece -, mas propôs o reajuste salarial de 2,54% e o aumento também de 2,5% no valor pago no plano de saúde.
Por fim, na audiência de conciliação da última sexta-feira, presidida pela desembargadora Ana Paula Tauceda Branco, a Justiça apresentou a seguinte proposta para as partes:
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